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Muitas vezes você procura por algo que quer muito e acaba encontrando outras coisas que você nem imaginava, não é assim na sua vida?
Imagina na astronomia.
Todo mundo sabe que os astrônomos estão procurando o Planeta 9, para isso conduzem varreduras, buscas pelo Sistema Solar.
E enquanto eles não encontram o Planeta 9, eles descobrem várias outras coisas.
Já trouxe vídeos aqui no canal mostrando a descoberta de objetos do Cinturão de Kuiper graças às buscas pelo Planeta 9.
E dessa vez, um grupo de astrônomos descobriu 12 novos satélites naturais de Júpiter enquanto faziam uma varredura das profundezas do Sistema Solar.
Esses satélites foram descobertos em 2017, mas como foram necessárias muitas observações de confirmação, só agora eles puderam confirmar a existência desses 12 novos satélites do gigante gasoso.
Isso porque os novos satélites de Júpiter têm entre 1 e 3 km de diâmetro.
Nove dos novos satélites fazem parte de um agrupamento externo de satélites de Júpiter que orbitam o planeta de forma retrógrada, ou seja, na direção oposta a da rotação de Júpiter.
Esses distantes satélites retrógrados estão agrupados em no mínimo 3 distintos grupos orbitais e acredita-se sejam remanescente de 3 corpos maiores originais que se partiram graças a colisões com asteroides, cometas ou outros satélites.
Esses satélites retrógrados levam 2 anos para orbitar Júpiter.
Dois dos novos satélites fazem parte de um grupo mais interno com movimento progressivo, ou seja, na mesma direção da rotação de Júpiter.
Esses satélites mais internos têm todos distâncias orbitais e ângulos de inclinação ao redor de Júpiter similares, o que faz com que os astrônomos acreditem que todos eles faziam parte originalmente de um grande satélite que se partiu.
Esses satélites mais internos levam menos de um ano para viajar ao redor de Júpiter.
O último satélite descoberto é um satélite bem estranho, ele não se parece em nada com nenhum outro satélite de Júpiter, e também é o menor satélite de Júpiter conhecido, com menos de 1 km de diâmetro.
Esse satélite estranho é mais distante e tem uma órbita mais inclinada do que o grupo de satélites progressivos e gasta 1 ano e meio para orbitar Júpiter.
Esse satélite tem uma órbita que na verdade, cruza a órbita dos satélites retrógrados mais externos.
Isso cria uma situação instável, pois a qualquer momento pode acontecer uma colisão entre esse satélite estranho e os satélites com movimento retrógrado.
É possível que esses vários agrupamentos de satélites se formaram no passado distante através do mesmo mecanismo, basicamente colisões entre corpos.
Essa descoberta é muito importante para o entendimento de como eram as coisas no início do nosso Sistema Solar.
A descoberta desses pequenos satélites de Júpiter em diferentes agrupamentos orbitais sugere que as colisões que os criaram ocorreram depois da era da formação dos planetas, quando o Sol ainda estava cercado por um disco de gás e poeira que deu origem aos planetas.
O tamanho dos satélites indica que eles são mais influenciados pela poeira e pelo gás ao redor.
Se esse material bruto ainda estivesse presente quando a primeira geração de satélites de Júpiter colidiu para formar os agrupamentos vistos hoje, o arrasto exercido por qualquer gás e poeira remanescente nos satélites remanescentes seria suficiente para fazer com que eles espraiassem em direção a Júpiter.
O fato deles existirem indica que eles provavelmente se formaram depois que esse gás e essa poeira haviam dissipados.
Só para fechar a conta, com essa descoberta, Júpiter chega à contagem de 79 satélites naturais, e 1 artificial, a sonda Juno!!!
Fonte:
https://phys.org/news/2018-07-jupiter-moon-tiny-oddball.html
Artigo original:
spacetoday.com.br