Em dezembro do ano passado, comentamos sobre a FRB 121102 que, desde 2012 até aquela época, os astrônomos tinham detectado cerca de 17 rajadas rápidas de rádio: todas vindo da mesma direção do espaço, mas aparentemente oriundas de fora da nossa Via Láctea. Além disso, também havia um padrão de repetição de sinais, que era diferente de tudo o que tínhamos visto antes. Posteriormente, no início de janeiro desse ano, foi divulgado que os astrônomos descobriram sua localização, visto que a mesma estava vindo de uma galáxia anã a 2.4 bilhões de anos-luz da Terra, na constelação de Auriga (também conhecida como “O Cocheiro”), mas o que estava realmente causando essas rajadas rápidas de rádio nessa galáxia anã ainda era um mistério para os astrônomos. Evidentemente, algumas pessoas mais esperançosas ainda esperavam, que isso pudesse ser um sinal inteligente vindo de seres extraterrestres de algum ponto longínquo do espaço sideral.
Agora, astrônomos com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble notaram que havia um ponto muito brilhante em um berçário estelar dessa mesma galáxia (uma região formadora de estrelas). Enquanto isso, astrônomos japoneses liderados por Mitsuru Kokubo da Universidade de Tohoku usaram o telescópio Subaru de 8,2 metros no Havaí para obter melhores imagens.
Para vocês terem uma ideia, ambos os telescópios mostraram um complexo formador de estrelas nos arreadores da pequena galáxia, que por sua vez, segundo o Hubble, tem um diâmetro de apenas 20.000 anos-luz, apenas 1/6 da nossa Via Láctea. Além disso, o berçário estelar fica localizado a 6.200 anos-luz do centro de sua galáxia, e abrange uma área de 4.400 anos-luz, algo muito maior do que qualquer outro berçário estelar conhecido em nossa galáxia. Dale Frail, do Observatório Nacional de Rádio Astronomia, no estado norte-americano do Novo México. disse que a galáxia em questão é extraordinária, visto que mesmo sendo considerada pequena, a mesma produz estrelas a uma taxa vertiginosa.
A descoberta fortalece a ideia de que esses rajadas rápidas de rádio surgem de estrelas de nêutrons recém-formadas, objetos superdensos de apenas 20 km de diâmetro. Muitos astrônomos acreditam nessa explicação, porque a curta duração das rajadas sugere que a fonte seja pequena. As estrelas de nêutrons se encaixam bem nesse perfil, principalmente as mais jovens, porque giram muito rapidamente e possuem muita energia para ser liberada. Elas se formam quando estrelas massivas, com um curto período de vida, acabam morrendo em seus berçários estelares. Porém, o mistério foi definitivamente resolvido sobre as FRBs? A resposta é não! Ninguém sabe se a mesma ideia em relação a FRB 121102 poderia explicar as demais FRBs. A FRB 121102 é única: os cientistas já viram cerca de 30 rajadas rápidas vindo de um mesmo lugar, porém em outros casos só aconteceu uma única vez. Será que poderíamos concluir algo tão amplo baseado em apenas uma amostra? Deixem a opinião de vocês!
Fontes:
Canal Assombrado
https://www.youtube.com/user/AssombradoBlog
Redator Marco Faustino
Fonte https://goo.gl/vxHBnO