A Uber anunciou que está aplicando, no Brasil, o sistema de identificação de motoristas por meio de selfies. A novidade, que foi testada nos Estados Unidos no final do ano passado, exige que os parceiros tirem uma foto de si mesmos antes de aceitarem corridas ou ficarem disponíveis no aplicativo, de forma a validarem que o próprio dono de perfil é quem está ao volante.
Reclamações de usuários com relação a contas compartilhadas são comuns na plataforma, com diversos deles sendo surpreendidos quando o carro chega com uma pessoa que não é a mostrada no aplicativo. Isso representa uma quebra nos termos de uso do Uber, além de um grave problema de segurança, que o serviço deseja, agora, solucionar com a verificação de identidade em tempo real.
A solicitação acontece de forma aleatória e, segundo a empresa, o processo não deve atrapalhar a vida dos motoristas, pois leva cerca de um minuto para ser completado. Um sistema de inteligência artificial é responsável por verificar que o usuário fotografado é o mesmo que está cadastrado no sistema, evitando fraudes ou o compartilhamento de contas. As selfies não são compartilhadas além dos servidores da Uber.
Caso a identidade do motorista não seja verificada, a conta é bloqueada e transferida para um time de moderação, que analisa a situação. Por se tratar de um sistema automático, a possibilidade de falsos positivos pode existir, mas a Uber garante que 99% dos parceiros foram verificados com sucesso durante a etapa de testes, com o recurso trazendo mais segurança e confiabilidade para os passageiros.
O serviço não informou de quanto em quanto tempo a solicitação de identificação pode aparecer, mostrando apenas seu funcionamento para os passageiros e habilitando a função por meio de atualização do aplicativo. Os passageiros também não saberão quando um motorista foi validado desta maneira, com a mudança não trazendo nenhuma diferença na utilização da plataforma por eles.
No comunicado oficial, a Uber afirma que a iniciativa vem para ser somada a outras que privilegiam a segurança de motoristas e usuários. Recentemente, por exemplo, a empresa passou a exigir o CPF de passageiros que escolherem realizar o pagamento da corrida em dinheiro, uma modalidade implantada há cerca de um ano e que vinha sendo responsável pelo crescimento dos assaltos a motoristas.
Fonte: Uber