Imagem: Depositphotos/Krasnevsky
O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos decretou nesta terça-feira (21) que está proibido o transporte de qualquer eletrônico que seja “maior que um smartphone” em voos para o país partindo do Oriente Médio. Isso significa que qualquer viajante vindo daquela região não poderá mais carregar na bagagem de mão tablets, notebooks, e-readers, câmeras digitais e videogames portáteis.
Apesar de a medida não afetar diretamente voos que partem do Brasil, os viajantes precisam ficar atentos caso estejam voltando do Oriente Médio e tenham alguma escala ou conexão nos EUA. Ao todo, dez aeroportos foram afetados com a decisão do país. São eles:
- Aeroporto Internacional Rainha Alia, Jordânia (AMM)
- Aeroporto Internacional do Cairo, Egito (CAI)
- Aeroporto de Istambul Atatürk, Turquia (IST)
- Aeroporto Internacional Rei Abdulaziz, Arábia Saudita (JED)
- Aeroporto Internacional Rei Khalid, Arábia Saudita (RUH)
- Aeroporto Internacional do Kuwait (KWI)
- Aeroporto Internacional Mohammed V, Marrocos (CMN)
- Aeroporto Internacional de Hamad, Catar (DOH)
- Aeroporto Internacional de Dubai, Emirados Árabes Unidos (DXB)
- Aeroporto Internacional de Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos (AUH)
Para voos partindo desses aeroportos, os viajantes terão de acomodar seus eletrônicos na bagagem despachada. Segundo o Departamento de Segurança Interna, a proibição foi uma decisão tomada após “uma análise de inteligência que indicou que grupos terroristas continuam minando a aviação comercial para colocar dispositivos escondidos em vários itens de consumo”. Dessa forma, a medida surge como uma “melhoria de segurança” para garantir a segurança de todos que querem chegar até os Estados Unidos.
A explicação oficial, obviamente, não colou para todo mundo e muita gente já está dizendo que tudo isso é apenas mais uma maneira de Donald Trump discriminar os muçulmanos que querem viajar para o país norte-americano. Veículos internacionais, inclusive, já preveem que a decisão pode criar tensões desnecessárias com aliados estrangeiros ao invés de realmente proteger o país de ameaças terroristas.
Independentemente de questões políticas, as companhias aéreas que operam nos aeroportos listados acima e que têm voos para os EUA terão de se adequar à nova regra em até 96 horas, prazo que começou a contar às 4h00 da manhã (horário de Brasília) de hoje. Caso não cumpram com o determinado, as empresas terão suas licenças de pouso nos EUA revogadas junto à Agência Federal de Aviação (FAA).
Fonte: The Verge