Em entrevista recente ao canal La Tribune de Coruscant, Timothy Zahn fala sobre o futuro de Thrawn e sobre as suas ideias futuras para Star Wars – além de falar sobre seus planos iniciais, lá na decada de 1990.
Para quem não sabe, Timothy Zahn é o autor da lendária Trilogia Thrawn: a trilogia de livros lançada de 1991 a 1993 que abriu as portas do Universo Expandido da saga, dando chance para Star Wars ser explorado em livros, jogos, quadrinhos e séries, além dos filmes principais.
Timothy Zahn definiu grande parte do futuro da saga na época, já que a trilogia de livros do Grão-Almirante Thrawn foi vendida como “continuação” da saga, que na época ainda não tinha as Prequels – Episódios I, II e III.
Na história, vemos a luta da Nova República contra os Remanescentes Imperiais liderados por Thrawn. A trilogia introduziu personagens icônicos, como Mara Jade. Por sinal, os livros se passam na mesma época do MandoVerse das séries atuais: 9 DBY, nove anos depois dos eventos de Uma Nova Esperança.
Após a aquisição da Lucasfilm pela Disney em 2012, e o reboot de 2014, separando Cânon e Legends, a Trilogia Thrawn foi descartada, porém, o personagem azulão de olhos rubis foi recanonizado na série Star Wars Rebels, na terceira temporada.
Na época – 2017 -, Timothy foi chamado novamente por Dave Filoni para trazer o personagem para o cânone. Desde então, Timothy escreveu duas novas trilogias canônicas para o personagem:
- A Trilogia formada por Thrawn (2017), Thrawn: Alliances e Thrawn: Treason, que contam o período em que o Grão-Almirante infiltrou-se no Império.
- A Trilogia Ascendancy, formada por Thrawn Ascendancy: Chaos Rising (2020), Thrawn Ascendancy: Greater Good e Thrawn Ascendancy: Lesser Evil, que servem de prequela para a primeira trilogia, contando o período de Thrawn na Ascendência Chiss, governo de sua raça.
O personagem foi extensivamente abordado e explorado, com muitas divergências de sua versão Legends, onde Thrawn age mais como um anti-herói no cânone, já que não confia no Império e se infiltra nele somente para ajudar seu povo, os Chiss.
Agora que o personagem será finalmente trazido de volta após seu sumiço com Ezra Bridger ao final de Star Wars Rebels, muitas teorias e especulações surgem.
Na Star Wars Celebration deste ano (2023), realizada em Londres, Dave Filoni disse que (novamente) chamaram Timothy para trazer o personagem de Thrawn para o live-action, para certificar-se de estarem fazendo “tudo certo”.
Na entrevista ao La Tribune de Coruscant, Timothy disse que desde o princípio quando escreveu a primeira trilogia de Thrawn, a dos anos 1990, ele pretendia fazer com que os Grysk fossem a grande ameaça ao povo de Thrawn.
Os Grysk, para aqueles que não sabem, são o motivo pelo qual Thrawn se aliou – amargamente – ao Império no cânone. São um povo hostil, bárbaro e destrutivo, que deixa um rastro de morte pelo caminho e que poucos já os viram e sobreviveram, segundo o próprio Almirante Chiss.
Thrawn precisava de aliados para lidar com eles, e a Ascendência Chiss o envia para infiltrar-se no Império para avaliar se eram inimigos ou potenciais aliados para sua cruzada.
Os Grysk parecem serem uma espécie de sucessores ou versão canônica dos Yuuzhan Vong, uma espécie bem famosa e figurinha do antigo universo expandido que veio de outra galáxia e queria destruir tudo. Eles travaram a famosa Guerra Yuuzhan Vong contra a Nova República e a Nova Ordem Jedi de Luke Skywalker.
Essa história foi abordada na saga de livros The New Jedi Order, que contém 19 livros ao total, contando o período dessa guerra caótica.
No Legends, Thrawn também uniu-se ao Império para deter uma raça que ele chamava de Far Outsiders – Forasteiros Distantes, em tradução livre -, que mais tarde tornaram-se os Yuuzhan Vong.
Porém, na entrevista, Timothy diz que os Forasteiros Distantes deveriam ter sido os Grysk desde o princípio, porém, o grupo de autores que criaram a saga The New Jedi Order decidiu ligar os Yuuzhan Vong aos Forasteiros Distantes, tornando-os um só e fazendo com que os Yuuzhan Vong estivessem ligados a Thrawn.
Agora no cânone, Timothy diz que tem a oportunidade de fazer a história que pretendia desde o princípio, há 30 anos atrás. Ele diz que espera “poder explorar os Grysk em histórias futuras”.
Isso casa com diversas teorias e especulações sobre os Grysk serem a grande ameaça do MandoVerse, que juntará todos os personagens das séries para detê-los, pois eles pretendiam invadir a galáxia e começar uma guerra.
Uma das teorias mais famosas sobre o destino de Thrawn e Ezra após Star Wars Rebels é de que, ambos foram para a Ascendência Chiss e lutaram contra os Grysk durante todo esse tempo, o que justifica a fanart acima onde Ezra está lutando contra um Grysk.
Já que Thrawn foi construído no cânone como um anti-herói, muitos acreditam que ele e Ezra teriam se tornado aliados – ainda mais pelo Chiss não concordar com muitas atitudes do Império.
Timothy também comentou com o La Tribune de Coruscant que “Rukh” pode ser um título invés de um nome, portanto, poderíamos ver outro personagem com o nome Rukh no futuro.
Ele se refere ao personagem da Trilogia Thrawn Legends, que foi o agente e assassino pessoal do Grão-Almirante – inclusive, foi ele quem matou Thrawn na trilogia Legends. No cânone, ele voltou na quarta temporada de Star Wars Rebels, também como um assassino do Chiss. Ele acabou morrendo na temporada.
Porém, Zahn acredita que possamos ver outro Rukh no futuro, flertando com a ideia do nome ser um título adotado por diversos indivíduos.
E você, o que acha? Teremos um Herdeiro do Império em live-action? Ou uma nova história será trazida nas telonas? Deixe nos comentários!
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