A China revelou o nome e a logo da sua primeira missão espacial que terá como objetivo pousar no planeta Marte, essa revelação foi feita para marcar o aniversário de 50 anos do seu primeiro satélite.
Ao celebrar o Space Day da China, na última sexta-feira, dia 24 de abril de 2020, a China National Space Administration, ou CNSA, a NASA chinesa, anunciou que a missão robótica do país para o Planeta Vermelho irá se chamar Tianwen-1. O nome foi baseado em um antigo verso escrito pelo poeta chinês Qu Yan, e traduzindo, pode ser algo como “questões sobre o céu (ou universo, cosmos)”.
No poema Tianwen, Qu Yuan levanta uma série de questões envolvendo o céu, as estrelas, fenômenos naturais, mitos e o mundo real, mostrando suas dúvidas sobre alguns conceitos tradicionais e o espírito de buscar a verdade, foi assim que o serviço de notícias chinês Xinhua explicou o nome da missão.
Programada para ser lançada a bordo do foguete Long March 5 direto do centro de lançamento de Wenchang, na China, em julho de 2020, a missão Tianwen-1 irá tentar colocar um orbitador ao redor de Marte, além de um lander e de um rover na superfície marciana. Desenvolvida para estudar a composição da atmosfera marciana, bem como contribuir com as pesquisas que já estão em andamento sobre a possibilidade de vida passada e presente em Marte, espera-se que a missa Tianwen-1 chegue em Marte em fevereiro de 2021, apesar do lander e do rover só pousarem na superfície alguns meses depois.
Poucos detalhes sobre a missão foram liberados, mas o lander e o rover da Tianwen-1 irá usar um paraquedas, retrofoguetes e airbags para tocar o solo em um dos dois possíveis locais de pouso na região de Utopia Planitia. O rover com seis rodas e movido a energia solar, ainda não tem nome e o seu nome será escolhido através de uma votação popular, foi desenvolvido para operar por pelo menos 3 meses terrestres na superfície marciana.
Se a missão Tianwen-1 for um sucesso, a China se tornara o quinto ou sexto país a colocar uma sonda na órbita de Marte, o terceiro a pousar, e o segundo a ter um rover andando em Marte. Os EUA, a Rússia, a Agência Espacial Europeia e a Índia já colocaram missões na órbita de Marte, enquanto que esse ano ainda, os Emirados Árabes Unidos pretendem também lançar sua missão para Marte, desde o Japão, também na mesma janela entre julho e agosto de 2020. Os EUA e a Rússia, foram os únicos países a colocarem um lander em Marte, e os EUA o único país a ter rovers andando pelo solo marciano.
A missão Tianwen-1 marca a segunda vez que a China tenta colocar uma sonda na órbita de Marte. A primeira tentativa foi com o orbitador Yinghuo-1 que foi lançado junto com a missão Phobos-Grunt da Rússia, aquela que nem chegou a deixar a órbita da Terra direito.
No anúncio do nome da missão Tianwen-1, o chefe da CNSA, Zhang Keijan disse que a agência pretende usar esse nome para todas as suas missões planetárias, o que significa que a China tem uma grande vontade de ir na busca pela verdade e pela ciência e também deseja explorar a natureza e o universo. A CNSA já pousou dois rovers na Lua, incluindo a missão Chang’e-4 que foi a primeira da história a pousar no lado oculto da Lua e que está ativa até hoje.
A CNSA também revelou o logo para representar o seu programa de exploração espacial Tianwen. É uma letra C de China, estilizada apresentando as órbitas dos planetas. E nessa versão do logo, embaixo desse desenho da letra C estilizada está escrito, Marte.
Em 2017, a china lançou uma pequena lista com 8 nomes e logos para a sua missão marciana, incluindo o nome Tianwen. Uma votação popular foi realizada para escolher o vencedor, mas nenhum dos 8 candidatos era o logo que foi apresentado, coisas que só acontecem na China.
O Space Day da China, é celebrado anualmente em 24 de abril e marca o aniversário do primeiro lançamento orbital do país, realizado em 1970. O satélite de comunicação chinês, Dongfanghong I (“O Leste É Vermelho 1”) ficou transmitindo o hino nacional chinês por 20 dias.
Fonte:
http://www.collectspace.com/news/news-042420a-china-tianwen-mars-mission-name-logo.html
Artigo original:
spacetoday.com.br