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Já tenho falado esses dias, em alguns vídeos e posts no meu blog, que o fato de estarmos dentro da nossa galáxia, dificulta e muito medidas como a forma da galáxia, a posição das estrelas e até mesmo a nossa posição na Via Láctea.
Atualmente existem muitos projetos que tem como objetivo principal medir a maior quantidade possível de estrelas espalhadas pela galáxia.
Medindo com precisão a sua posição e também o seu movimento, é possível conseguir ter uma ideia de como é a Via Láctea.
E mais ainda, da nossa verdadeira posição dentro dela.
Esses estudos que medem a posição das estrelas são chamados na astronomia de astrometria.
E como já falei também em vários vídeos, principalmente no caso de Betelgeuse, uma das propriedades mais importantes e ao mesmo tempo mais complexas de se determinar é a distância das estrelas.
Mas, o tempo passa, e com ele a tecnologia se desenvolve e com essa tecnologia, é possível determinar com menor incerteza esses parâmetros.
Uma dessas ferramentas maravilhosas que estão à disposição dos astrônomos atualmente é a pesquisa de rádio astronomia VERA.
VERA, quer dizer, Very Long Baseline Interferometry Exploration of Radio Astrometry.
Tentando traduzir seria uma pesquisa de astrometria usando ondas de rádio e aplicando o princípio da interferometria.
O VERA usa alguns radiotelescópios espalhados pelo arquipélago japonês apontados para o mesmo objeto, criando assim um telescópio virtual com 2300 km de diâmetro.
O VERA começou a operar em 2000 e usa a técnica da paralaxe para medir a distância até as estrelas.
Os astrônomos acabaram de publicar o primeiro catálogo do VERA e esse catálogo serviu para duas coisas principais, calcular a posição do Sistema Solar na Via Láctea e também a velocidade com a qual nos movimentamos pela galáxia.
Vamos aos resultados.
Em 1985, a União Astronômica Internacional definiu a distância da Terra até o centro da galáxia em 27 mil anos-luz.
Em 2019, o projeto GRAVITY recalculou essa distância e obteve o valor de 26673 anos-luz.
Agora o VERA fez mais um cálculo e o resultado foi de 25800 anos-luz, ou seja, 2000 anos-luz mais próximo do que a primeira estimativa usada pela IAU.
Quanto a velocidade, anteriormente, era estimada em 220 Km/s, agora com o VERA o resultado é de 227 km/s, um pouco mais rápido.
Mas fiquem tranquilos, não estamos nos aproximando do buraco negro central da Via Láctea, é apenas um cálculo um pouco mais preciso.
E esse valor deve mudar em breve, o VERA está sendo atualizado, fará mais medidas, e além disso, uma outra parte do projeto será inaugurada no leste da Ásia, com isso, medidas mais precisas serão feitas e esses números podem mudar.
Assim que tivermos novidades, trago aqui no canal para vocês.
Fontes:
https://arxiv.org/pdf/2002.03089.pdf
https://www.miz.nao.ac.jp/veraserver/hilight/20201125_catalog/index-e.html
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Artigo original:
spacetoday.com.br