Em Os Últimos Jedi, Rey e Kylo, ao lutarem pelo sabre, acabaram fazendo com que ele se partisse. A quebra do sabre Skywalker em Os Últimos Jedi lembra outro caso de uma espada de família quebrada: Narsil em O Senhor dos Anéis. Nesta história, os elfos reforjam os fragmentos da espada Narsil, tornando-a na espada Anduril para Aragorn. O simbolismo em volta de reforjar as espadas é também similar. O ato de reforjar a espada simboliza abraçar o legado da família e assumir o dever que este legado propõe.
Agora compare isso com o simbolismo dos sabres de luz que Luke usa na Trilogia Original. Por todo Uma Nova Esperança e O Império Contra-Ataca, Luke usa o sabre de luz do seu pai, simbolizando o quanto ele quer ser como seu pai. Ele o perde ao descobrir que Vader é quem é o seu pai. Ele então constrói um sabre que não se parece em nada com o de seu pai, nem em cor, nem em design (aliás, seu design se parece mais com o de Obi-Wan Kenobi). Isso simboliza o quão Luke foi forçado a forjar sua própria identidade independente de seu pai. Ele não quer mais ser como o pai, ele quer que o pai seja como ele. Para completar o treinamento Jedi, Rey vai ter que construir um sabre de luz sozinha. Rey, ao reconstruir um sabre que tem conexões profundas com a família Skywalker, simbolizaria que ela abraçou completamente seu lugar na família.
*Trecho adaptado da análise simbólica do Dossiê Rey Skywalker em Os Últimos Jedi, publicado originalmente em 26/02/18.
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