Tudo indica que as quatro maiores teleoperadoras de comunicação do Brasil não andam bem das pernas e podem operar em deficit durante 2017, ou até mesmo quebrar. Esta informação vem de Eduardo Navarro, presidente da Telefônica/Vivo no território brasileiro, afirmando que a situação tem se complicado para todas as companhias do ramo.
A Embratel quebrou em 2004. Foi socorrida, é uma empresa muito solvente hoje em função da Net e do serviço de dados, mas não da concessão original do serviço, que quebrou em 2004. Outras duas, a Brasil Telecom e a Oi, entraram em recuperação judicial. E a Telefônica, que tinha um estado mais fácil a partir do ano que vem é deficitária em caixa”, afirmou o executivo em entrevista dada na última terça-feira (14).
O executiva ainda aponta a PLC 79 como a maior vilã no caso, já que se for aprovada irá alterar a Lei das Telecomunicações mudando questões como licenciamento perpétuo (renovação sem tempo definido) de espectro para redes móveis e de satélites, fim das concessões das operadoras de telefonia fixa pelo modelo de autorização e, também, a troca dos chamados bens reversíveis (aqueles deveriam retornar ao Estado ao final do contrato), por investimentos em infraestrutura.
A Telefônica não vai quebrar porque temos serviços muito sãos, de banda larga, de TV, telefonia celular. Mas isso não se confunde com a concessão. Estamos vivendo um momento difícil, mas temos uma oportunidade de mudanças. Ainda que a lei fosse aprovada hoje, os efeitos demorariam entre 12 e 18 meses. Nessa situação, o país pode esperar?”, respondeu Navarro.
Será mesmo que as alterações causadas pela aprovação do projeto poderão quebrar estes serviços em nosso país? Conhecendo a forma como estas empresas trabalham, não existe como confirmar que os dados são tão tenebrosos assim. Será que a vivo está sendo de fato transparente?