Sem dúvida, Star Wars está fazendo sucesso com as novas séries exclusivas para o Disney+. Além da sacada estratégica de lançar um episódio por semana, nos deixando na ansiedade pelo que vem em seguida, estamos em uma era repleta de conteúdo sobre essa franquia. Em pleno 2022, tivemos O Livro de Boba Fett, que embora tenha tido seus altos e baixos, terminou de forma satisfatória e com direito a dois episódios insanos voltados no nosso querido Mando, o pequeno Grogu, Ahsoka e o próprio Luke Skywalker. Depois, veio Obi-Wan Kenobi, que dispensa comentários, exceto dizer que foi nostálgico e pôde agregar mais a respeito da relação entre Darth Vader e o seu antigo mestre. E atualmente, estamos vivendo o deleite de acompanhar Andor, o qual já saíram três episódios e teremos um novo nesta quarta-feira, dia 28 (confira o que achamos aqui). Enquanto isso, para 2023 ainda teremos a série da Ahsoka Tano e a terceira temporada de The Mandalorian.
Diante disso, uma matéria nos chamou atenção publicada no Gizmodo e assinada por Justin Carter, afinal talvez os filmes de Star Wars devessem simplesmente parar de serem produzidos, não?
Se você precisar lembrar, o lado cinematográfico da franquia sofreu outro golpe notável. Rogue Squadron, um filme originalmente planejado para ser dirigido por Patty Jenkins, de Mulher Maravilha, com lançamento previsto para dezembro de 2023, foi retirado do cronograma de lançamento. Se essa era uma data de lançamento realista ou não, considerando que Jenkins teria outros projetos em sua lista, parece que um novo filme de Star Wars não chegará até dezembro de 2025.
Enquanto tivemos série após série para a franquia de ficção científica de George Lucas, o lado cinematográfico das coisas visivelmente passou por alguns obstáculos. As coisas começaram a ficar sérias com o desenvolvimento difícil de Solo (2018), uma vez que houve uma mudança na direção de Phil Lord e Chris Miller para Ron Howard, e cujo desempenho subsequente matou os planos da Disney de filmes solo para Boba Fett e Obi-Wan Kenobi. Posteriormente, houve notícias sobre os filmes que se seguiram, sejam discussões sobre A Ascensão Skywalker tentando chamar de novo depois de Os Últimos Jedi (depois de perder o diretor original Colin Trevorrow) ou Kevin Feige sendo trazido da Marvel para ajudar a “consertar a nave”.
Está tudo bastante confuso nesse universo cinematográfico muito, muito distante, sem dúvida. Mas se há algum lado positivo nessa desarticulação dos filmes, é que a mídia expandida realmente teve a chance de prosperar nos últimos dois anos. Os livros da Alta República conseguiram criar um nicho para si mesmos, voltando no tempo e aproveitando ao máximo uma época em que os Jedi não estavam sendo preparados para serem exterminados por um cultista niilista. Os videogames que recebemos foram divertidos retrocessos aos antigos dias do PS2, e os quadrinhos têm feito suas próprias coisas com um evento após o outro.
Por si só, tudo isso seria uma maneira saudável de manter a franquia, mas todos estão recebendo um impulso extra do braço da TV. Desde que The Mandalorian impressionou o público em 2019, a Lucasfilm conseguiu lançar de forma confiável um ou dois shows ao longo de vários meses. Nem todos eles são tão bons quanto suas premissas inicialmente parecem. Apesar disso, criar e lançar um programa de Star Wars parece ser uma tarefa consideravelmente mais fácil.
Para esse fim… talvez não seria bom se Star Wars acabasse com os filmes por completo? O trabalho mais interessante está sendo feito na TV de qualquer maneira, e tem sido assim há algum tempo. O mesmo tem acontecido com Star Trek ultimamente, está começando a ser para a Marvel, e isso pode ser verdade aqui também. Embora os filmes tenham sido em sua maioria grandes sucessos de bilheteria, constantemente tentando se superar e crescer foi o que levou a franquia a passar os últimos três anos se desculpando por A Ascensão Skywalker terminando como terminou. Pode-se argumentar que ser um filme é primordial para parte da experiência de Star Wars, mas isso não é totalmente verdade. Os quatro episódios finais de The Clone Wars parecem tão cinematográficos quanto qualquer filme da franquia, se não mais, o que é mais impressionante, pois parece que os episódios poderiam ter sido exibidos em um cinema se a pandemia não tivesse acontecido. Seja um desenho animado, um quadrinho, um livro ou um musical, seria cinematográfico a partir de sua apresentação e estilo, e não de como se escolhe consumir o conteúdo de Star Wars.
A Disney ganha de qualquer maneira, então não faria mal experimentar e ver o que melhor se adapta à franquia.
Artigo original:
sociedadejedi.com.br