SUPERLATIVOS 2019: O MAIS BRILHANTE, A MAIS MASSIVA E A MAIS DISTANTE | SPACE TODAY TV EP2066

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Muito bem, vamos começar então uma série de vídeos de retrospectiva.

Eu vou preparar depois um top 10 bonitinho, das principais descobertas de 2019 e vou fazer também um da década, a década que não é década.

Aliás deixem aí, 31 de Dezembro de 2019 termina uma década, ou é só em 31 de Dezembro de 2020? Briguem aí nos comentários..hahaha.

Bem, nesse primeiro vídeo vamos falar de 3 grandes descobertas de 2019, o objeto mais brilhante, a estrela de nêutrons maior e a galáxia mais distante.

O primeiro é sobre o quasar mais brilhante do universo.

Essa notícia foi postada em janeiro de 2019, bem no começo do ano, e foi um trabalho do Hubble junto com o Gemini.

Os dois telescópios trabalhando em conjunto conseguiram detectar um quasar, você lembra o que é um quasar?

O quasar é um dos tipos de núcleos ativos de galáxias.

Ou seja, uma galáxia que tem no seu centro um buraco negro supermassivo e esse buraco negro está em constante processo de alimentação.

Um processo tão intenso que parte da matéria não cai no buraco negro, fica girando a uma velocidade próxima da velocidade da luz no disco de acreção, onde é superaquecida e emite os chamados jatos relativísticos.

Esse quasar, que vou chamar aqui de J04, está localizado a 12.8 bilhões de anos-luz de distância da Terra, e só foi observado graças ao efeito de lente gravitacional.

Com isso, o brilho aparente do quasar é equivalente a 600 trilhões de vezes o brilho do Sol.

Esse trabalho é muito importante pois mostra como os buracos negros supermassivos podem estar ligados ao processo de formação de estrelas no início do universo.

Tem vídeo aqui no canal, mas provavelmente poucos vão lembrar, pois isso foi postado no dia 10 de janeiro de 2019.

Seguindo as coisas superlativas do universo.

Em Setembro de 2019, os astrônomos fizeram uma importante descoberta.

Conseguiram descobrir a estrela de nêutrons mais massiva já observada.

Depois que uma supernova explode, resta um caroço estelar.

Dependendo da massa desse caroço, ele continua a sua vida como uma estrela de nêutrons, ou ele acaba se transformando num buraco negro.

Qual é esse limite de massa?

Os astrônomos não sabem, mas essa descoberta colocou um limite nessa massa.

Em 16 de Setembro os astrônomos apresentaram a descoberta de uma estrela de nêutrons com uma massa de 2.17 vezes a massa do Sol.

Esse pode ser o limite para que o resto de uma supernova continue como uma estrela de nêutrons, pelo menos até agora.

Esse é um estudo que deve continuar, pois estabelecer esses limites é fundamental para entender os objetos mais compactos do universo.

No dia 16 de Setembro eu publiquei o vídeo onde explico em detalhes essa pesquisa.

E para acabar os superlativos de 2019, o ALMA quebrou um recorde muito importante esse ano.

As antenas do ESO no Chile conseguiram detectar aquela que é considerada a galáxia mais distante já observada no universo, sem o uso do efeito de lente gravitacional.

Vale sempre lembrar que o recorde mesmo pertence ao Hubble, que observou a galáxia GN Z-11 a uma distância de 13.39 bilhões de anos-luz, mas essa galáxia foi observada com o uso da lente gravitacional.

O ALMA conseguiu observar a galáxia MAMBO-9, localizada a 13 bilhões de anos-luz de distância da Terra.

O ponto importante é que essa galáxia foi observada sem o uso da lente gravitacional o que faz com que essa então seja a galáxia mais distante já observada diretamente pelos astrônomos.

Essa notícia deve estar fresca na memória de todos vocês, pois no dia 19 de Dezembro de 2019 eu publiquei o vídeo aqui no canal.

Bem, esse então é um primeiro vídeo de retrospectiva dos fatos de 2019.

Irei fazer mais alguns até terça-feira então fiquem ligados.

Fontes:

https://www.space.com/42962-brightest-quasar-early-universe-600-trillion-suns.html

http://www.keckobservatory.org/brightest_quasar

https://www.space.com/most-massive-neutron-star-detected.html

https://greenbankobservatory.org/most-massive-neutron-star-ever-detected/

https://www.space.com/most-distant-dusty-star-forming-galaxy-discovery.html

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Artigo original:
spacetoday.com.br