Ao longo do mês passado, a Uber se envolveu em uma série de confusões, entre elas acusações de ex-funcionários sobre uma cultura de sexismo, a campanha #DeleteUber, uma acusação de suposto roubo de propriedade intelectual e problemas com a imagem do seu CEO. Os escândalos foram tantos que um dos principais parceiros da Uber, o Spotify, chegou a considerar encerrar a relação com a empresa.
De acordo com o site The Verge, o Spotify decidiu não participar de uma campanha de imprensa sobre uma próxima atualização para o aplicativo de transporte particular. Em um e-mail interno, o chefe de produto do Spotify referiu-se a discussões que a empresa teve sobre eliminar o acesso à API do Uber, que permite aos passageiros controlar o sistema de som do carro por meio do seu smartphone durante uma corrida.
Gustav Söderström, o executivo do Spotify responsável pelo e-mail, escreveu ainda que a situação atual e as práticas apresentadas recentemente pela Uber tornavam a parceria um assunto delicado. As duas empresas oferecerem integração entre seus serviços desde 2014.
No entanto, a empresa decidiu que não se sentia no direito de punir seus usuários derrubando o acesso à plataforma nos carros. “Eu prefiro tentar mudar o comportamento participando e mostrando no que acreditamos”, escreveu.
O Spotify não foi o primeiro a querer pular fora desse barco da Uber. Alguns dos primeiros investidores da empresa também tentaram se distanciar, presumivelmente devido ao medo de que associar seu nome à companhia pudesse prejudicar futuras perspectivas de investimentos.
Fonte: The Verge