As dunas são proeminentes indicadores da existência de ventos em um determinado local, e ventos constantes. Nesse post podemos ver dunas localizadas no assoalho de uma cratera em Marte que foram registradas pela sonda da ESA, Mars Express, no dia 16 de Maio de 2017.
As depressões, como as crateras de impacto, podem agir como armadilhas para os sedimentos que são soprados de algum lugar e se acumulam em vários padrões moldados pelos fortes ventos.
O campo de dunas aqui apresentado localiza-se numa cratera sem nome com 48 km de diâmetro nas terras altas do hemisfério sul de Marte e possui tipos diferentes de dunas, dunas em forma de foice, conhecidas como barchans, e dunas com cristas paralelas chamadas de dunas transversais.
Lençóis de areia suavemente distribuídos se espalham entre as dunas e a parede oeste da cratera.
As dunas Barchans, são os tipos de dunas mais comuns encontradas em Marte e também são encontradas nos desertos aqui na Terra. O talude mais raso fica de cara para o vento, com o talude mais curvo e mais íngreme contra o vento, os “chifres” das dunas individuais apontam na direção em que o vento está soprando. Nesse exemplo, o vento estava soprando de sudeste quando as dunas foram formadas.
Muitas crateras próximas nessa região também apresentam dunas, e mostram um desvio para noroeste de seus campos de dunas com relação ao centro da cratera, um forte argumento para um vento uniforme soprando de sudeste.
Para o sul do campo de dunas na cratera maior, uma única e alongada duna transversal se estende além do campo principal de dunas por alguns quilômetros. Talvez, a topografia, combinada com os ventos próximos da superfície fizeram com que os sedimentos se empilhassem ali, ou com o passar do tempo dunas do tipo barchan, mas menores se juntaram e formaram uma duna transversal.
Essa cena, localiza-se ao sul de Tharsis, a maior província vulcânica de Marte e lar do famoso Monte Olympus. A atividade vulcânica no passado da região de Tharsis produziu uma grande quantidade de basalto, depósitos piroclásticos finos e poeira, que foram provavelmente varridos através da região e forneceram o material bruto para formar a parte escura das dunas observadas atualmente nas crateras.
Fonte:
http://www.esa.int/Our_Activities/Space_Science/Mars_Express/Colourful_dunes_on_wind-swept_Mars
Artigo original:
spacetoday.com.br