O instrumento Imaging Infrared Spectrometer, IIRS, que viaja a bordo da sonda Chandrayaan-2 foi desenvolvido para medir parte da luz do Sol que é refletida e emitida pela superfície lunar em bandas contíguas e curtas, variando de 800 a 5000 nanômetros. O instrumento usa uma malha para dividir e dispersar a luz do Sol refletida, e o componente emitido em diferentes faixas espectrais. O maior objetivo do IIRS é entender a evolução e a origem da Lua num contexto geológico mapeando a composição mineral e de voláteis da superfície lunar, usando para isso as assinaturas no espectro solar refletido.
A primeira imagem iluminada da superfície lunar foi adquirida pelo IIRS. A imagem cobre uma parte do lado oculto da Lua no hemisfério norte. Algumas crateras proeminentes podem ser vistas na imagem.
As análises preliminares sugerem que o IIRS pode com sucesso medir as variações na radiação solar refletida que é rebatida pela superfície lunar a partir de diferentes feições como os picos centrais de crateras, o assoalho das crateras, o material ejetado e retrabalhado associado com pequenas crateras dentro de crateras menores, e até mesmo dos anéis iluminados pelo Sol das crateras. As variações na radiância espectral ocorrem primariamente devido à variações na composição e na mineralogia que existe na superfície lunar e também devido a efeitos do intemperismo espacial. Análises posteriores mais detalhadas poderão fornecer importantes resultados para a caracterização da heterogeneidade da composição da superfície lunar.
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spacetoday.com.br