A sonda Dawn da NASA alcançou sua órbita final e mais próxima ao redor do planeta anão Ceres, no dia 6 de Junho de 2018 e já está mandando para a Terra, milhares de imagens e muitos outros dados.
A equipe de voo, manobrou a sonda e a colocou numa órbita que passa a 35 km acima da superfície de Ceres, e com isso fizeram a sonda passar por cima da Cratera Occator, local onde estão os famosos pontos brilhantes de Ceres e outras feições interessantes. Em mais de 3 anos orbitando Ceres, a menor distância que a Dawn havia passou do objeto tinha sido de 385 km, desse modo, os novos dados e as novas imagens, praticamente irão revelar um novo planeta anão.
Essa órbita baixa tem revelado detalhes sem precedentes da relação existente entre os materiais brilhantes e escuros encontrados na região de Vinalia Faculae. O espectrômetro de mapeamento no visível e no infravermelho da sonda Dawn tinha encontrado previamente que os depósitos brilhantes eram feitos de carbonato de sódio, um material normalmente encontrado em depósitos de evaporado na Terra. Quando a sonda Dawn ligou seus motores, e pôde voar bem perto da Cerealia Facula, o maior depósito de carbonato de sódio no centro da Cratera Occator.
“Adquirindo essas imagens espetaculares, tem sido um dos grandes desafios na extraordinária expedição da sonda Dawn, e os resultados são melhores do que nós pudéssemos esperar”, disse o engenheiro chefe da Dawn e gerente de projeto da missão, Marc Rayman, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena, na Califórnia. “A Dawn é como um artista adicionando ricos detalhes aos impressionantes retratos que já fez de Ceres”.
A quantidade de informações contida nessas imagens, e mais as que estão planejadas para serem recebidas nas próximas semanas, ajudarão os pesquisadores a acessarem questões importantes e ainda abertas sobre a origem da faculae, o maior depósito de carbonatos observado fora da Terra. Em particular, os cientistas estão querendo saber como esse material se tornou exposto, se foi de um reservatório raso em sub-superfície rico em água, ou se foi de uma fonte mais profunda de salmoura, água líquida enriquecida com sais, percolando pelas fraturas.
Além disso, as observações feitas em baixa altitude obtidas com outros instrumentos da Dawn, um detector de raios-gamma e nêutrons e o espectrômetro de mapeamento no visível e no infravermelho, revelarão a composição de Ceres numa escala mais detalhada, jogando assim, uma nova luz sobre a origem dos materiais encontrados na superfície de Ceres. Novas medidas de gravidade também poderão revelar novos detalhes da subsuperífice do planeta anão.
“As primeiras imagens de Ceres feitas pela sonda Dawn, nos mostraram um único ponto brilhante”, disse Carol Raymond, do JPL, principal pesquisador da Dawn. “Revelar a natureza e a história desse fascinante planeta anão, durante a missão da sonda Dawn em Ceres, tem sido algo fascinante e é especialmente surpreendente que o último ato da sonda Dawn irá nos fornecer novos dados para que possamos testar nossas teorias”.
Veja mais imagens dessa órbita baixa da Dawn, aqui:
[https://dawn.jpl.nasa.gov/multimedia/images/]
Leia mais detalhes sobre a órbita recente da sonda Dawn no Diário de Rayman:
[https://www.jpl.nasa.gov/blog/columns/dawn-journal/]
A missão da sonda Dawn é gerenciada pelo pelo JPL, para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. A Dawn é um projeto do chamado Discovery Program, gerenciado pelo Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama. O JPL é responsável pela missão científica geral da sonda Dawn. A empresa Orbital ATK Inc., em Dulles, Virginia, desenhou e construiu a sonda. O German Aerospace Center, o Max Planck Institute for Solar System Research, a Italian Space Agency e o Italian National Astrophysical Institute são parceiros internacional da equipe da missão.
Fonte:
[https://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=7181]
Artigo original:
spacetoday.com.br