Uma arma elegante para uma era mais civilizada.
Obi-Wan Kenobi, Uma Nova Esperança
Tais palavras de Obi-Wan definiram para sempre os famosos sabres de luz, armas lendárias-símbolo de Star Wars. Mas você sabe exatamente o significado da cor de cada sabre de luz? É o que dissecaremos nesse artigo.
Nota: Há divergências entre as explicações do cânone e do Legends. Apontaremos no decorrer do texto.
Cristais Kyber
Como bem sabemos, os sabres de luz são alimentados pelos cristais kyber, que tornam possível a emissão da lâmina do sabre. Os kyber são oriundos de diversos planetas, mas são mais notórios em Ilum, planeta onde a Ordem Jedi levava seus Younglings para coletarem seus cristais para construírem seus sabres de luz. Evento esse que era conhecido como “A Coleta”, que vemos em The Clone Wars.
No antigo universo expandido – Legends -, as cores de um determinado grupo de sabres de luz definiam o papel do Jedi dentro da Ordem, que é o que veremos a seguir:
Classes Jedi
Jedi Guardião
Os Jedi Guardiões são aqueles que agem como a primeira linha de defesa da República. Guerreiros hábeis, se focam mais na arte do combate de sabre de luz e de táticas de batalha do que na diplomacia. Também não treinam tanto no uso e conhecimento da Força, focando-se em manipulá-la como instrumento de combate em muitos casos.
A grande maioria dos Jedi Guardiões portavam lâminas azuis, como Obi-Wan Kenobi, que era um Guardião. Mas, obviamente, haviam exceções. Qui-Gon Jinn também era um Jedi Guardião, mesmo portando um sabre verde e sendo mais adepto da diplomacia e resolução pacífica de conflitos.
Jedi Consular
Diplomatas, pacíficos e profundos entendedores da Força: esses eram os Jedi Consulares. Sendo uma antítese dos Guardiões, os Consulares eram mais focados no uso, conhecimento e compreensão da Força do que em combate de sabres de luz. Preferiam resolver impasses e conflitos com acordos e diplomacia do que com agressividade.
A lâmina verde estava em maior número entre os Jedi Consulares, porém, também haviam exceções. Haviam também exceções dos níveis de habilidades entre as classes Jedi. Na teoria, um Guardião era mais hábil do que um Consular, mas Yoda era um dos Mestres Jedi mais fortes em combate, sendo altamente proficiente com seu sabre de luz.
Jedi Sentinela
Fazendo um equilíbrio entre Guardiões e Consulares, os Jedi Sentinelas possuíam um vasto conhecimento de combate de sabre e uso e compreensão da Força. Além disso, também acreditavam que um Jedi deveria aprender habilidades além das comuns de um Jedi.
A maioria dos Sentinelas se especializavam em habilidades mecânicas, de espionagem e tecnologia. Além disso, trabalhavam muito como espiões, muitas vezes se infiltrando em meios onde o Lado Sombrio, por isso, treinavam intensivamente para resistir ao Lado Sombrio.
Muitos Jedi Sentinelas possuíam sabres com lâminas amarelas, como Bastila Shan – uma lendária Jedi que conhecemos no jogo Knights of the Old Republic –, mas isso não era unanimidade. Haviam também os Guardas do Templo Jedi, treinados pelo Mestre Cin Drallig que cuidavam da segurança do Templo em Coruscant, como vemos em The Clone Wars. Eles possuíam sabres-duplos diferentes, mais curtos e com lâminas amarelas.
Divergência
Vale lembrar que, desde que o novo cânone foi estabelecido, os significados das cores desses três sabres de luz com as classes Jedi foram descartados. As três classes Jedi foram reinseridas no cânone, porém, não há uma “regra” de que Jedi Guardião porte um sabre azul, Jedi Sentinela um amarelo e etc.
O próprio conceito das classes Jedi (ainda) não foi muito explorado, e talvez nem seja, já que são elementos mais usados nos jogos de RPG da saga, sendo assim, pouco “relevantes” para a continuidade e rumo das histórias canônicas.
Além disso, no cânone, a cor do cristal só surge ou altera quando ele atrai um usuário da Força até ele, o “chamando” através da Força, como vemos em The Clone Wars e Jedi: Fallen Order.
Antes do indivíduo o pegar, o kyber é incolor ou de outra cor, como o cristal que Jyn Erso tinha em seu colar em Rogue One: Uma História Star Wars. Afinal, ela não era sensitiva à Força, portanto, seu cristal era transparente.
Mas isso parece não ser regra, já que vimos no cânone cristais com cor, mesmo não pertencendo à ninguém.
Em Andor, vemos que Luthen Rael, um espião da Rebelião, possui um colar com um cristal kyber metade azul-metade branco, datando da época da revolta contra os invasores Rakata, referindo à famosa raça do Legends que conhecemos em Knights of the Old Republic.
Fato x Teoria
O sabre de luz roxo, por muitas vezes, é alvo de polêmicas e discussões acaloradas. Isso por conta do significado ao qual ele (quase) sempre é atribuído:
Muitos artigos – e fãs – apontam erroneamente que o sabre de luz roxo pertence aos Jedi que um dia já foram do Lado Sombrio e se redimiram, ou aos personagens que conciliam luz e escuridão, caminhando entre o Lado da Luz e o Lado Sombrio.
Porém, esse conceito é fanmade – conceito/ideia criada a partir de teorias e suposições de fãs.
Essa ideia foi criada a partir do ponto de que, muitos portadores do sabre roxo tinham alguma ligação com o Lado Sombrio:
Mace Windu, certamente o usuário mais famoso dessa cor, sempre foi alvo de teorias dele ser Sith/usuário do Lado Sombrio por isso.
Ele tem sim ligação sim com o Lado Sombrio, mas ele nunca caiu definitivamente a ele ou foi Sith. Este último é tecnicamente impossível.
Na realidade, Windu usa sua escuridão interior em sua forma de combate: a Forma VII, Vaapad.
Ela consiste em usar o Lado Sombrio de um Jedi como uma arma da luz; usar as técnicas do inimigo contra ele mesmo em combate, como ele fez com Darth Sidious – Palpatine – durante seu duelo em A Vingança dos Sith.
Uma das “figurinhas” do antigo universo expandido, Mara Jade – mais tarde, Skywalker – foi a Mão do Imperador – agente sombrio próximo do Imperador Palpatine – que redimiu-se e ingressou na Nova Ordem Jedi junto com seu marido, Luke Skywalker.
Por conta dela ter sido treinada como uma usuária do Lado Sombrio desde muito pequena e mais tarde se redimido, ela endossa o conceito do sabre roxo criado pelos fãs.
Um dos personagens mais famosos de Star Wars, Darth Revan foi um lendário Jedi e Sith que conhecemos em Knights of the Old Republic – Cavaleiros da Velha República, em tradução livre.
Ele foi o responsável por liderar a República e os Jedi nas famosas Guerras Mandalorianas, além de ter provocado a Guerra Civil Jedi e ter salvado (novamente) a galáxia quando derrotou Darth Malak, seu antigo melhor amigo e aprendiz, derrubando seu Império Sith.
Por ter sido um Jedi e Sith, e trilhado a escuridão e a luz, ele é um grande argumento que corrobora com essa teoria do sabre roxo.
Porém, não passa disso: teoria. Tanto no cânone quanto no Legends, nunca houve de fato um significado concreto para o sabre de luz roxo, apenas que é uma cor mais incomum.
Sangramento e Purificação
O sabre de luz vermelho, obviamente, sempre é associado ao Lado Sombrio e aos Sith.
Tanto no cânone quanto no Legends, o cristal vermelho não existe naturalmente, tendo que ser adquirido por outros métodos.
No Legends, os Sith e outros usuários sombrios conseguiam seus cristais vermelhos de forma sintética, criando-os com base em cristais kyber naturais. Geralmente eram forjados em fornalhas.
No cânone, o método é um pouco menos ortodoxo – e mais agressivo.
Para um Sith ou outro usuário do Lado Sombrio conseguir uma lâmina de coloração vermelha, eles precisam “sangrar” seu cristal, dobrando-o à sua vontade e corrompendo-o ao Lado Sombrio.
Ao fazer o cristal sangrar, ele adquire uma coloração vermelha, inatural e agressiva. Quando construiu seu sabre de luz Sith, Vader matou o Mestre Jedi Kirak Infil’a e roubou seu sabre, sangrando o cristal do velho Jedi.
Assim como só dá para adquirir um cristal vermelho por meio de um processo, o mesmo vale para o kyber branco.
O cristal branco é mais difícil e incomum ainda, pois só pode ser adquirido através do processo de “purificação” de um cristal que foi sangrado.
Ao remover as impurezas e escuridão do cristal vermelho, ele adquire a coloração branca, sendo purificado.
Nossa Ahsoka Tano conseguiu seus sabres brancos após seu duelo com o Sexto Irmão dos Inquisidores. Ela o matou e purificou seus cristais corrompidos, assim tornando-os brancos.
Criação Jedi, Relíquia Mandaloriana
Um dos sabres de luz mais curiosos e queridos pelos fãs, o Darksaber – Sabre Negro em tradução livre -, é um símbolo de poder, respeito e liderança entre o povo Mandaloriano.
Enquanto no Legends sua origem não é explicada, no cânone temos informações concretas.
Criado há mais ou menos mil anos antes dos eventos dos filmes – por volta de 1.050 ABY -, ele foi construído pelo primeiro e – até então – único Mandaloriano Jedi da história: Tarre Vizsla.
Vivendo na época da Velha República, ele ingressou na Ordem Jedi ainda pequeno, mesmo sendo um Mandaloriano – e mesmo entre as hostilidades que eles nutriam dos Jedi, pelas Guerras Mandalorianas.
Como um indivíduo único, ele também criou um sabre único: o Darksaber.
Não sabemos exatamente se o Sabre Negro tem em sua matriz um cristal kyber sintético e artificial, ou um natural que foi modificado, ou como sua lâmina se assemelha mais à uma espada do que as lâminas dos sabres de luz, mas podemos ver que ele realmente é um sabre único e lendário.
Após a morte de Tarre, o Darksaber foi guardado no Templo em Coruscant. No Saque de Coruscant durante a Queda da Velha República, o Clã Vizsla – ao qual Tarre pertencia – invadiu o Templo e roubou o Sabre Negro. Desde então, o sabre é passado entre os líderes da Casa Vizsla.
Quem o porta, é visto como o herdeiro e governante legítimo de Mandalore. Podemos atribuir isso como uma coisa próxima de seu “significado”.
Não explicados
Há outras cores de sabres que (ainda) não temos seu significado concreto ou particularidade explicada, como os sabres laranjas, que se tornaram mais populares e comentados após as aparições de Baylan Skoll (Ray Stevenson) e Shin Hati (Ivanna Sakhno) no trailer de Ahsoka. Ambos são usuários do Lado Sombrio e possuem lâminas laranjas.
Além disso, temos as variações das cores já conhecidas, como o sabre ciano, que é um sabre azul mais claro. Independentemente da cor, parece que no cânone, não há explicações específicas da cor de um sabre de luz, se tal cor significa algo em específico, sendo algo mais abrangente e livre.
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