A imagem acima, foi feita pelo Observatório Espacial Herschel e mostra a parte remanescente de uma explosão estelar.
O objeto na imagem, é chamado de G54.1+0.3, e é a parte remanescente da explosão de uma supernova, os restos de uma estrela massiva que morreu de forma violenta. Ela está localizada a cerca de 20 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação de Sagitta.
À medida que a estrela esgota seu combustível, ela espere suas camadas externas numa poderosa explosão, enquanto o seu núcleo colapsado, devido à gravidade, pode formar uma densa estrela de nêutrons. A remanescente desse tipo particular de explosão é um pulsar, uma estrela de nêutrons em rápida rotação, que brilha intensamente nas ondas de rádio e em raios-X.
Além da remanescente estelar, a poeira e o gás no envelope ao redor também são bem marcados. De acordo com um recente estudo, feito por J. Rho e colaboradores, essas camadas contém sílica, também conhecida como dióxido de silício, ou SiO2, um dos principais componentes das rochas encontradas na Terra, e que compõe cerca de 60% da crosta do nosso planeta. O estudo é o primeiro a mostrar que esse ingrediente fundamental para fazer vidro e areia pode ser formado na explosão de uma supernova.
Essa imagem combina dados do infravermelho e raios-X, coletados por três observatórios espaciais e observações nas ondas de rádio feitas por telescópios em terra.
Os dados do Herschel são mostrados em tonalidades de verde nessa imagem e correspondem ao comprimento de onda do infravermelho distante de 70 mícron, e é esse o comprimento de onda usado pelos astrônomos para detectar sílica no envelope empoeirado dessa remanescente de supernova, juntamente com observações no infravermelho médio feitas com o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, correspondendo a 24 mícron e mostrada em azul.
Os dados de onda de rádio foram obtidos, com o Karl G. Jansky Very Large Array no Novo México, EUA, e são mostrados em vermelho, enquanto as tonalidades de amarelo mostram os dados de raios-X do Observatório de Raios-X Chandra da NASA.
Operando entre 2009 e 2013, o Herschel deixou um legado de dados que ainda estão produzindo uma grande quantidade de resultados científicos a cada ano. O estudo da remanescente de supernova G54.1+0.3 é baseado nos dados de arquivo de um dos programas fundamentais do observatório, o Herschel Infrared Galactic Plane Survey, ou Hi-GAL.
Fonte:
http://www.esa.int/spaceinimages/Images/2019/01/Multi-wavelength_view_of_a_supernova_remnant
Artigo original:
spacetoday.com.br