A Microsoft divulgou nesta quinta-feira (27) os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano fiscal, encerrado no dia 31 de março. A empresa teve receita de US$ 23,6 bilhões, o que representa um aumento de 7% em comparação com o mesmo período do ano passado, e lucro operacional de US$ 7,1 bilhões, alta de 5% em relação ao ano anterior. O lucro líquido foi de US$ 5,7 bilhões (aumento de 16%).
A principal fonte de renda da companhia ainda são seus negócios de nuvem e produtividade, que abrangem serviços como Office, Exchange, Skype, Azure e Windows Server. O setor de produtividade gerou receita de US$ 7,96 bilhões, alta de 22% ante o ano anterior. Dessa quantia, quase US$ 1 bilhão (cerca de 15% desses 22 pontos de crescimento) veio apenas do LinkedIn – algo surpreendente, uma vez que a plataforma corporativa foi comprada pela empresa há menos de um ano. A receita do Office 365 também subiu, agora para 45%, e a plataforma ultrapassou os 100 milhões de usuários ativos mensais.
O grupo de nuvem, por sua vez, alcançou receita de US$ 6,8 bilhões, um aumento de 11% em relação a 2016 com lucro operacional de US$ 2,2 bilhões, números estes que permanecem inalterados em comparação com o mesmo período do ano passado. A receita de produtos e servidores subiu 6%, com destaque para o Azure, que aumentou sua participação em 93%. No total, a Microsoft alega que sua taxa anualizada em nuvem é de US$ 15,2 bilhões.
Em contrapartida, o setor de computação pessoal – que reúne produtos como Windows e Xbox – registrou US$ 8,9 bilhões em receita, uma queda de 7%. As vendas do Windows sugerem uma estabilização no mercado de PCs: a receita com o Windows Pro subiu 10%, enquanto a versão para usuários comuns cresceu apenas 1%. Isso, segundo a corporação, é um indicativo de que versões profissionais de seu sistema operacional estão superando versões de consumidor, mais simples. Já a receita global com jogos aumentou 4%, em especial devido ao crescimento de 7% nas vendas de software do Xbox; aqui, os usuários ativos mensais da Xbox Live subiram 13%.
Mesmo com uma ligeira queda na computação pessoal, a divisão que mais passa prejuízos na Microsoft ainda é a de hardware. A receita com smartphones caiu para US$ 730 milhões, e a própria companhia parece ter desistido de investir no setor, já que ela afirma esperar por lucros “insignificantes” para o próximo trimestre. Além disso, a receita com o Surface caiu 26%, possivelmente pela falta de atualizações no produto e pela forte concorrência no mercado de aparelhos híbridos.
Fonte: Microsoft via ArsTechnica