Mais de 1900 cientistas cidadãos estão trabalhando
junto com os astrônomos da Agência Espacial Europeia, a ESA no projeto chamado
de Hubble Asteroid Hunter. Nesse projeto os cientistas já identificaram mais de
300 mil rastros de asteroides capturados sem querer em aproximadamente 11 mil
imagens de arquivo do Telescópio Espacial Hubble, incluindo uma das mais
interessantes imagens que o Hubble já fez da Nebulosa do Carangueijo.
Melina Thévenot, é uma entusiasta alemã e que foi a
responsável por identificar o rastro de asteroide na imagem que o Hubble fez da
remanescente de supernova em 2005, uma das quase 300 observações que o Hubble
fez da nebulosa. Thévenot combinou imagens feitas nos filtros azul, verde e vermelho
para criar a imagem final que mostra o rastro apagado do asteroide 2001 SE101,
arqueando da parte inferior esquerda para a parte superior direita perto do
centro da nebulosa.
A Nebulosa do Carangueijo é o primeiro objeto listado
no catálogo do astrônomo francês Charles Messier, do século 18, que lista os
objetos parecidos com cometa. Essa nebulosa na verdade é a parte remanescente de
uma supernova que foi vista explodindo no céu no ano de 1054. A estrela de nêutrons,
ou pulsar em rotação é o que sobrou da explosão e é a estrela da esquerda no
par brilhante de estrelas no centro da imagem. A nebulosa está localizada perto
do plano da eclíptica onde a maior parte das órbitas dos asteroides são
esperadas de modo que um asteroide ou outro certamente seria registrado pelo
Hubble.
Os dados do projeto Hubble Asteroid Hunter permitem
que os astrônomos, saibam a hora e a data de todas as observações do Hubble,
para identificar corpos anteriormente desconhecidos e assim poder calcular a órbita
do asteroide, sua velocidade e a sua trajetória.
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Artigo original:
spacetoday.com.br