A nossa busca por outras civilizações fora da Terra não para, mas também não tem dado resultado. A mais nova prova disso é o estudo conduzido por astrônomos do SETI, da Universidade da Califórnia em Berkelee, nos Estados Unidos, que analisou mais de 67 mil espectros individuais gerados por milhares de estrelas em parte da Via Láctea. A análise extensa em busca de sinais ópticos não retornou qualquer resultado positivo, ou seja, o Universo permanece em silêncio.
O estudo conduzido pelos cientistas Nathaniel Tellis e Geoffrey Marcy avaliaram dados coletados pelo telescópio Keck junto de informações obtidas pelo HIRES, um espectômetro de alta resolução. Ao todo, foram avaliados 67.708 espectros produzidos entre 2006 e 2016 por 5.600 estrelas que se encontram a 300 milhões de anos-luz de distância da Terra.
Mas não ter encontrado nada é um resultado bastante frustrante e que indica que ou estamos de fato sozinhos nesta imensidão toda ou qualquer outra civilização orbitando por aí não está nem aí para fazer contato com seres humanos. Encontrar sinais ópticos com as emissões de raio laser seria uma forma barata e eficaz de descobrir a existência de outras formas de vida avançadas habitando algum outro planeta do Cosmo.
Tecnologia em busca de aliens
A enorme quantidade de dados gerada pelo monitoramento do espaço foi avaliada por meio de um algorítimo capaz de diferenciar uma emissão de laser artificial daquele gerada pelo espectro natural de uma estrela. Tudo isso, obviamente, em teoria, afinal os cientistas trabalham com hipóteses sobre como poderia vir a ser uma emissão produzida por uma civilização extraterrestre.
Os astrônomos do SETI acreditam que um laser alienígena teria uma força variável entre 3 kW e 13 MW de potência. A opção por avaliar espectros laser em vez de onda dos rádios se justifica graças à duração deste tipo de emissão no espaço — elas mantêm integridade conforme viajam ao longo do Universo.
Uma imensidão vazia?
Além das 5,6 mil estrelas avaliadas neste estudo, os cientistas do SETI analisaram também dados coletados anteriormente pelo instituto. Eles avaliaram cada uma das 20 mil estrelas monitoradas pelo Observatório de Oak Ridge, de Harvard, durante 10 minutos e também não encontraram nada.
Disso, é possível tirar ao menos duas possibilidades: os alienígenas não querem falar conosco ou então não estamos olhando corretamente. Vale ressaltar que se uma possível emissão poderosa de raio laser enviada por uma civilização não for contínua, os olhares dos cientistas terrestres podem ter sido direcionados no momento errado.
Mais uma opção pode ser a inexistência de civilizações capazes de emitir raios lasers com tamanha potência para ganhar o espaço. Ou, então, talvez eles não tenham a menor pretensão de ser encontrados por habitantes de outros planetas. Além de todas essas possibilidades, não se pode descartar também a hipótese de que as possíveis tentativas de comunicação dos aliens envolvam outros métodos ainda desconhecidos (ou ignorados) na Terra.
Fonte: Cornell University Library