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Como o Sistema Solar se formou? De onde vieram os blocos fundamentais para a vida? Quais os perigos que ameaçam a vida aqui na Terra?
Todas essas são perguntas feitas pelos astrônomos que se dedicam a estudar o nosso sistema planetário.
E para responder a todas essas perguntas, eles precisam estudar muito e entender ao máximo os pequenos objetos do Sistema Solar.
E quais são esses pequenos objetos, ou pequenos mundos?
Asteroides, cometas, satélites e os planetas anões.
alguns desses objetos aparecem combinados, outros aparecem destruídos por colisões ou forças gravitacionais enquanto outros parecem nunca terem sofrido nenhum tipo de alteração desde a formação do nosso sistema solar.
Alguns desses objetos são ricos em água e compostos orgânicos, outros podem ser compostos quase inteiramente por metal, mas todos eles de alguma forma são fundamentais para responder questões relacionadas ao nosso sistema solar e à vida na Terra.
Esses pequenos mundos que habitam o nosso sistema planetário podem ser encontrados em diferentes localizações, desde o sistema solar interno até regiões como o Cinturão de Kuiper que vão bem além de Plutão. E como eu sempre digo aqui, são eles que guardam os segredos, as respostas, como o nosso sistema solar se formou.
Para estudar esses objetos existe uma verdadeira frota interplanetária de naves nesse momento explorando o Sistema Solar.
A sonda New Horizons, por exemplo, em 2015 passou por Plutão, e agora no primeiro dia do ano de 2019 passou pelo Ultima Thule, o primeiro objeto do Cinturão de Kuiper visitado por uma sonda.
Em Plutão ela descobriu uma grande quantidade de água no planeta anão, já no Ultima Thule, será preciso aguardar que todas as informações sejam enviadas para a Terra.
Em 2018, uma missão muito importante para o entendimento dos pequenos mundos foi encerrada, a missão Dawn, que estudou o maior asteroide do Cinturão de Asteroides, Vesta e depois estudou o planeta anão Ceres, onde foi descoberto que a água existiu em sua superfície por milhões e milhões de anos.
Nesse momento, a sonda OSIRIS-REx está na órbita do asteroide Bennu de 500 metros de diâmetro e já fez descobertas importantes quanto a sua composição. Juntamente com a sonda japonesa Hayabusa-2 que está explorando outro asteroide, o Ryugu.
Ambas as missões irão enviar amostras para a Terra desses asteroides, para que se possa estudar in situ a sua formação e características importantes da sua composição.
Além dessas missões que estão explorando nesse momento os pequenos mundos do nosso Sistema Solar, duas outras missões já estão planejadas.
Uma delas chamada Lucy irá explorar os chamados asteroides troianos que estão presos na órbita de Júpiter e fazem parte de uma população de objetos que ainda não foram explorados no nosso Sistema Solar.
E a missão Psyche que irá visitar um asteroide do Cinturão Principal de Asteroides do Sistema Solar, que é constituído inteiramente de metal, e que lembra muito o núcleo de um proto-planeta que acabou não se formando e que tem o tamanho aproximado de Vesta.
Essas missões possuem algo em comum, foram desenhadas para estudar objetos que podem ajudar a responder sobre a formação, a origem e a evolução do nosso Sistema Solar.
Por exemplo, os pequenos mundos no Cinturão de Kuiper, estão levando os cientistas a pensar que Urano e Netuno, se formaram bem mais perto do Sol, do que eles estão agora, e gradativamente eles foram se movendo para suas órbitas atuais.
Isso pode nos contar muito sobre como o nosso Sistema Solar se desenvolveu.
Mas além disso, tem a questão de segurança.
Embora seja sabido que nenhum grande objeto está em rota de colisão com a Terra, é muito bom sabermos como é a nossa vizinhança e o que podemos fazer caso seja necessária uma ação contra um asteroide.
Para isso duas missões se destacam.
Uma delas ativa, é a NeoWISE que investiga, centenas de objetos próximos da Terra, os chamados NEOs, além de observar dezenas de milhares de objetos no sistema solar, para que possamos ter uma ideia de como eles estão distribuídos na nossa vizinhança cósmica.
E uma missão já tem sido pensada para tentar conter uma possível colisão com um asteroide.
É a missão DART, Double Asteroid Redirection. Essa missão será enviada para um asteroide duplo, e realizará um impacto com o menor objeto, o objetivo é entender se através desse impacto cinético seria possível desviar a órbita de um asteroide, sem criar milhares de outros.
#PequenosMundos #SistemaSolar
Artigo original:
spacetoday.com.br