Passeando Pelo Arquivo de Dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA

Mestre Jedi Passeando Pelo Arquivo de Dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA

Em seus 20 anos de operações, o Observatório de
Raios-X Chandra da NASA observou centenas de milhares de fontes de raios-X pelo
universo. Esses dados estão armazenados num arquivo público onde qualquer um
pode acessar, um ano depois que a observação é realizada.

Na maior parte do tempo, o arquivo do Chandra serve
para a comunidade astronômica internacional para suas propostas de pesquisas,
mas o valor desses dados vai além disso. Alguns membros do público, incluindo
astrônomos amadores e entusiastas do espaço, vasculham os arquivos de dados
astronômicos como o arquivo do Chandra. E o trabalho feito por esses astrônomos
amadores e entusiastas tem levado a descoberta de novos objetos, a investigação
de fenômenos misteriosos e a criação de maravilhosas imagens cósmicas.

Uma amostra de imagens compostas, ou seja, imagens que
são feitas com mais de um tipo de luz, usando os dados de raios-X do Chandra, e
a luz visível do Telescópio Espacial Hubble foi lançada. Essa coleção de imagem
foi feita pelo artista astronômico Judy Schmidt.

Todos os objetos nessa coleção estão localizados na
Grande Nuvem de Magalhães, ou LMC, que é uma pequena galáxia satélite da nossa
galáxia, a Via Láctea, localizada a aproximadamente 150 mil anos-luz de distância.

As imagens serão explicadas seguindo o painel da
esquerda para a direita e começando na primeira linha.

N103B: quando uma explosão termonuclear destrói uma
estrela do tipo anã branca (que é o denso estágio final de evolução de uma
estrela parecida com o Sol) que pertence a um sistema estelar binário, e produz
uma supernova, é deixado para trás um brilhante campo de detritos, que é
chamado de remanescente de supernova. Os dados do Chandra em raios-X, visível
mais claramente no lado leste da remanescente em vermelho, verde e azul, mostra
o gás com uma temperatura de muitos milhões de graus que foi aquecido pela onda
de choque produzida pela explosão que destruiu a estrela. A imagem em luz visível
adquirida pelo Hubble é mais brilhante no lado direito da imagem, onde ela
sobrepõe a imagem em raios-X em rosa e branco.

LHA 120-N 44: essa região de formação de estrela
mostra uma bolha gigante que é inflada devido aos ventos gerados por estrelas
jovens. Os dados do Chandra em roxo e rosa mostra essa superbolha de gás
quente, enquanto os dados do Hubble, em laranja e azul claro, revelam o gás e a
poeira no sistema.

LMC N63A: depois que uma estrela massiva explode, ela
deixa para trás a sua remanescente de supernova, que é observada pelo Chandra e
pelo Hubble. Os dados do Chandra, em vermelho, verde e azul, mostram o gás
aquecido a multimilhões de graus e a onda de choque da supernova. A região
marrom clara na parte superior direita da remanescente é uma densa nuvem de gás
e poeira que reflete a luz visível detectada pelo Hubble.

DEM L71: a imagem do Chandra, dessa remanescente de
supernova, também conhecida como SNR 0505.7-6752, revela uma nuvem interna de
ferro e sílica brilhante, em verde e azul, circundado por uma onda de choque
externa, mostrada em vermelho. A onda de choque externa, criada durante a destruição
da estrela anã branca, é também vista na luz visível registrada pelo Hubble, mostrada
em vermelho e branco.

DEM  L238: outra
remanescente de supernova resultante da explosão de uma estrela do tipo anã
branca é revelada nessa imagem da DEM L238, também conhecida como SNR J0534.2-7033.
A imagem do Chandra, em amarelo, verde e vermelho, mostra o gás superaquecido e
a imagem do Hubble mostra o gás mais frio no sistema, perto da borda externa da
remanescente em vermelho.

N132D: essa é a remanescente de supernova mais
brilhante na LMC, ou na outra galáxia anã e satélite a Pequena Nuvem de Magalhães.
A N132D também se destaca pois ela pertence a uma classe rara de remanescentes
de supernovas que tem relativamente altos níveis de oxigênio. Os cientistas
pensam que a maior parte do oxigênio, que nós respiramos aqui na Terra, tenha
vindo de explosões parecidas com essa. Aqui, os dados do Chandra são mostrados
em roxo e verde, e os dados do Hubble em vermelho.

O Marshall Space Flight Center da NASA gerencia o
programa Chandra. O Smithsonian Astrophysical Observatory’s Chandra X-Ray
Center, controla as operações científicas e de voo direto de Cambridge, em
Massachusetts.

Fonte:

https://www.nasa.gov/mission_pages/chandra/combing-through-the-x-ray-files.html
Mestre Jedi Passeando Pelo Arquivo de Dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA

Artigo original:
spacetoday.com.br