Após o encerramento total do investimento no setor de smartphones, a Microsoft vem focando em novos horizontes mais promissores. Um exemplo disto, é o anuncio do interessante Surface Laptop, que conhecemos a poucos dias atrás, e mostra que a empresa não está de olhos fechados para o que está em sua volta. Ao contrário do que você pode pensar, nem mesmo para o mercado móvel.
Possuindo um pouco menos que 1% de participação e com sua última receita apresentando apenas 5 milhões, podemos ter certeza que, caso a Microsoft volte a produzir um novo smartphone, não será como os Lumias que conhecemos. Isto ficou bem explicito nas palavras do CEO Satya Nadella: “certamente vamos fazer mais telefones, mas eles não serão com os telefones que estão disponíveis hoje.”, assim como na entrevista ao Bloomberg oferecida pelo vice presidente corporativo Yusuf Mehdi, onde ele completou com a frase: “Não lançaremos outro dispositivo que alguém já fez“.
Redirecionando o foco para os serviços e produtos que tem lhe dado maior oportunidade de crescimento no meio móvel, a Microsoft vem focando os seus esforços nas suas áreas bem sucedidas, enquanto tenta desenvolver uma proposta nova e valiosa, assim como o HoloLens. Certamente existe um grande investimento para o futuro da tecnologia, mas parece que a gigante de Redmond não acredita que ela esteja ligada aos dispositivos que conhecemos hoje. Isso é o que indica as palavras de Alex Kipman, brasileiro por trás do óculos de processamento AR da empresa.
“Os smartphones estão mortos, as pessoas apenas não notaram isso.“
Assim como vem sido debatido ao longo dos últimos meses, a Microsoft parece estar totalmente confiante de que os smartphones não serão o alvo dos holofotes no futuro próximo da tecnologia. Kipman acredita que eles deverão ser deixados de lado assim que os dispositivos de realidade mixa ganharem força, repousando no passado, como os dumb phone. Isso não quer dizer que o tão sonhado Surface Phone não chegue a existir, já que um smartphone que apresente estes conceitos pode ser uma boa ponte para a realização do futuro idealizado pela empresa.
Nem mesmo uma bola de cristal poderia dizer o que a companhia vem guardando para o futuro. A única coisa que podemos ter certeza é que não deveremos esperar novos smartphones demonstrando a marca tão cedo.