Os Detalhes Do Processo de Formação de Estrelas Começam a Ser Revelados

Os detalhes de muitos processos astronômicos não são fáceis de serem entendidos. Embora para muitos fenômenos, os astrônomos saibam de maneira geral o que acontece, entender a fundo muitos deles ainda é um grande desafio.

E nessa onda está o entendimento sobre como grandes nuvens de gás na nossa galáxia se colapsam para formar as estrelas.

Os astrônomos então pensaram como poderiam entender melhor esse processo.

Primeiro escolheram um berçário estelar, grande e próximo, ou seja, a Nebulosa de Orion é o melhor candidato.

Depois pensaram no seguinte, seria interessante, mapear algum elemento que pudesse nos dar pistas de como essas nuvens de gás estão colapsando.

Dentre os elementos, a amônia é um excelente traçador para se mapear o gás mais denso que dá origem às estrelas.

Para detectar moléculas a partir da poeira e do gás, nada melhor do que usar um rádio telescópio.

Os astrônomos usaram então a famosa antena de Green Bank, e com ela conseguiram fazer uma imagem de um filamento de moléculas de amônia com 50 anos-luz de comprimento no interior da nebulosa de Orion.

Esse mapa permite os astrônomos a rastrearem os movimentos e a temperatura do gás mais denso. O que é crítico para acessar se as nuvens de gás e os filamentos estão estáveis, ou estão em colapso formando estrelas.

Com esse tipo de dado, e de imagem, os astrônomos conseguem então entender os processos e os mecanismos envolvidos na formação de estrelas.

Toda essa pesquisa faz parte de um grande projeto chamado GAS – Green Bank Ammonia Survey.

Esse projeto tem como objetivo mapear os maiores berçários estelares, rastreando as moléculas de amônia, para entender em detalhe o processo de formação de estrelas.

Fontes:

Canal Space Today
http://www.youtube.com/spacetodaytv

https://phys.org/news/2017-06-radio-astronomers-peer-deep-stellar.html

Artigo:

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