Pesquisadores desenvolveram uma nova maneira de melhorar o nosso conhecimento do Big Bang medindo a radiação emitida por ele, chamada de radiação micro-ondas cósmica de fundo. Os novos resultados predizem a máxima largura de banda do universo, que é a velocidade máxima com as quais qualquer mudança pode ocorrer no universo.
A radiação de micro-ondas cósmica de fundo, a CMB, é uma reverberação, ou o brilho deixado quando o universo tinha cerca de 300 mil anos de vida. Ela foi descoberta primeiro em 1964, como um ruído fraco em antenas de rádio. Nas últimas duas décadas, satélites começaram a medi-la com uma precisão maior, revolucionando nosso entendimento do Big Bang.
Achim Kempf, um professor de matemática aplicada na Universidade de Waterloo e Canada Research Chair na área de Physics of Information, liderou o trabalho para desenvolver o novo cálculo, juntamente com Aidan Chatwin-Davies e Robert Martin, seus antigos estudantes em Waterloo.
“É como um video na internet”, disse Kempf. “Se você pode medir a CMB com uma alta precisão, isso pode lhe dizer sobre a largura da banda do universo, de maneira similar que quando você vê um vídeo, dependendo da nitidez você pode dizer sobre a largura da banda da sua conexão”.
O estudo aparece numa edição especial da Foundations of Physics dedicada ao material que Kempf apresentou no Observatório do Vaticano em Roma em 2017. O workshop internacional foi chamado de Black Holes, Gravitational Waves and Spacetime Singularities, que juntou 25 físicos importantes de todo o mundo para apresentar, colaborar e informar os últimos progressos teóricos e experimentais sobre o Big Bang. O convite do Kemf surgiu depois que ele publicou um artigo no periódico Physical Review Letters.
“Esse tipo de trabalho é altamente colaborativo”, disse Kempf, que também é um afiliado no Perimeter Institute for Theoretical Physics. “É muito bom ver numa conferência como essas, como os teóricos e os físicos experimentais inspiram uns aos outros”.
Como a conferência aconteceu no Vaticano, Kempf e outros pesquisadores também compartilharam seus trabalhos com o Papa.
“O papa tem um grande senso de humor, e deu uma boa risada com a gente, quando falamos de matéria escura”, disse Kempf.
Equipes de astrônomos estão atualmente trabalhando em medidas ainda mais precisas da radiação micro-ondas cósmica de fundo. Usando os novos cálculos, essas novas medidas podem revelar o valor da largura de banda fundamental do universo, nos dizendo também sobre a coisa mais rápida que aconteceu no universo, o Big Bang.
Fonte:
https://scitechdaily.com/scientists-find-new-way-of-exploring-afterglow-from-big-bang/
Artigo original:
spacetoday.com.br