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No vídeo de ontem eu mostrei para vocês todo o problema que existe na medição da constante de Hubble.
Os astrônomos usam duas metodologias para medir a constante de Hubble, uma com os dados do universo primordial, com base na radiação microondas cósmica de fundo e outra com base no universo local com base nas supernovas.
A metodologia baseada no universo local ganhou um grande aliado que foram os dados da missão Gaia, com isso, os astrônomos mediram com precisão a distância até 50 variáveis Cefeidas e isso pode ser usado como uma régua muito mais precisa para medir a distância até as supernovas.
Porém, a discrepância continua e aumenta.
E isso é um problema muito grande, pois sem esse valor da constante de Hubble, não conseguimos calcular a idade do universo, e muito menos a sua evolução.
Para quem não se lembra o valor da constante de Hubble informa a taxa de expansão do universo.
Mas pode ser que exista uma solução para essa importante questão cosmológica.
Um grupo de pesquisadores sugere que a solução está nas ondas gravitacionais, mas não em qualquer uma, nas ondas gravitacionais geradas pela fusão de um buraco negro com uma estrela de nêutrons.
O problema disso, é que uma fusão desse tipo ainda não foi detectada.
O grande trunfo em medir a constante de Hubble é definir com a maior precisão possível a distância até um determinado fenômeno, quanto mais precisa essa definição, melhor é a sua régua e ela pode ser usada de forma melhor nos cálculos da constante de Hubble.
E é aí que entram as ondas gravitacionais.
Os pesquisadores dizem que as ondas gravitacionais fornecem a medida mais precisa de distância do que qualquer outra técnica.
Mas não pode ser nem a da fusão de dois buracos negros e nem a da fusão de duas estrelas de nêutrons, pois nesse caso, pode-se ter uma dúvida sobre a medida de distância se foi no centro da fusão ou na borda.
E o que menos queremos nesse caso é dúvida.
No caso da fusão de buracos negros com estrelas de nêutrons, teríamos a medida mais precisa da distância do evento e isso poderia então ser usado no cálculo da constante de Hubble.
O LIGO está parado atualmente, pois ele está sendo atualizado, e voltará a adquirir dados no início de 2019.
OS pesquisadores acreditam que com as implementações feitas no LIGO, seja possível que ele registre as ondas gravitacionais da fusão de um buraco negro com uma estrela de nêutrons, pode ser que consiga registrar até mais que uma dessas fusões.
E assim, talvez, quem sabe, o problema da definição da constante de Hubble estaria resolvido.
Será que essa é a solução?
Fonte:
Artigo:
https://arxiv.org/pdf/1804.07337.pdf
Artigo original:
spacetoday.com.br