Ondas de radio que estão sendo emitidas por uma estrela do tipo anã vermelha, tem uma fonte incomum, um planeta na sua órbita.
Astrônomos usando o rádio telescópio conhecido como Low Frequency Array, que fica na Holanda, descobriram que a anã vermelha GJ1151 está emitindo sinais de rádio flutuantes que são consistente com o fato da estrela possuir um planeta do tamanho da Terra, orbitando-a num período de poucos dias.
Um planeta nessa distância poderia estar na zona habitável da estrela, a região onde a temperatura permiti que a água em estado líquido permaneça de maneira estável na superfície.
A estrela está gerando ondas de rádio, pois o planeta na sua órbita está agindo como um dínamo elétrico. A intensidade das ondas mostra que uma força elétrica substancial está fluindo entre a estrela e o planeta, o que fornecerá um calor adicional para a atmosfera do planeta. Essa força elétrica pode até mesmo arrancar a atmosfera do planeta e mesmo se ele estiver na zona habitável será totalmente inóspito para a vida como conhecemos.
Existe uma grande incerteza sobre o tamanho e a massa do planeta, então é difícil dizer o que está acontecendo com a sua atmosfera. Mas o melhor de tudo nisso, é que esse pode ser um novo método para detectar exoplanetas.
É como aprender a andar, já sabemos que existe um lugar para caminhar e como andar.
O próximo passo é tentar detectar planetas através da sua força gravitacional na estrela, isso causaria uma pequena variação no movimento da estrela. E com isso seria possível estimar melhor a massa e a órbita do planeta e os pesquisadores, assim, poderiam tentar entender quais seriam as condições da sua atmosfera.
A equipe de astrônomos está também procurando dados de outras estrelas para procurar outros planetas com essa técnica. Outros métodos de detecção têm encontrado numerosos planetas ao redor de anãs vermelhas, e as estrelas normalmente possuem um forte campo magnético.
Esse estudo é muito importante, apresenta uma nova técnica de buscar exoplanetas e pode ter profundas implicações no nosso entendimento sobre esses mundos alienígenas.
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spacetoday.com.br