Observatório Australiano Descobre 20 Novas FRBs – Space Today TV Ep.1510

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As FRBs, ou Fast Radio Bursts ocorrem em todo o céu e duram apenas milissegundos.

Os cientistas ainda não sabem o que causa uma FRB, mas sabem que deve ser algo muito energético.

Só para se ter uma ideia, a energia liberada numa FRB é equivalente a energia liberada pelo Sol em 80 anos.

A primeira FRB foi descoberta em 2007 e de lá para cá poucas foram descobertas.

34 FRBs, e isso, é um dos fatores que dificulta e muito o entendimento desse fenômeno extremo do nosso universo.

Para que você possa entender relativamente bem um fenômeno, é preciso ter uma amostragem muito boa, onde você possa testar de forma robusta os seus modelos e assim gerar todo um pensamento sobre ele.

Mas como uma FRB dura milissegundos, vocês já devem imaginar que é um fenômeno extremamente complicado de ser registrado.

Por isso o desenvolvimento de novos equipamentos é fundamental para isso, um desses equipamentos, se chama ASKAP, sigla para Australia Square Kilometre Array Pathfinder.

As antenas do ASKAP têm um campo de visão de 30 graus quadrados, o equivalente a 100 vezes mais largo que a Lua Cheia, e ao usar as antenas apontando para pontos diferentes do céu os astrônomos conseguem uma cobertura de 240 graus quadrados, o que é equivalente a 1000 vezes a área da Lua Cheia.

E assim, com essa nova ferramenta disponível os astrônomos descobriram 20 novas FRBs, praticamente dobrando o número de FRBs conhecidas até então.

Entre as FRBs recém-descobertas estão a mais brilhante e a mais próxima já detectada.

Além disso, os astrônomos conseguiram apontar que as FRBs acontecem fora da nossa galáxia, na verdade a bilhões de anos-luz de distância da Terra.

Os astrônomos ainda não conseguem apontar o local exato onde acontecem essas FRBs, esse na verdade é o próximo desafio para os astrônomos.

Agora voc6e pode estar perguntando, por que estudar essas FRBs, qual a importância disso?

A primeira coisa é que essas explosões ocorrendo distante do nosso planeta, podem ajudar os astrônomos a entenderem o que acontece no chamado universo primordial, o que é algo complicado de ser estudado, mas as FRBs poderiam trazer essa informação até nós, entendendo isso, poderíamos compreender melhor como o universo nasceu e como evoluiu até os dias de hoje, algo onde ainda se tem muitas incertezas.

Outra coisa, é que as FRBs, acontecendo longe da Terra, e sendo explosões muito energéticas, ao atravessar o universo, atravessar nuvens de poeira e gás, atravessar a matéria que constitui o nosso universo elas podem nos dar informaçõess valiosas sobre, por exemplo, a matéria escura, um dos maiores mistérios atualmente do nosso universo. Ouso a dizer que o segredo sobre o que é a matéria escura está guardado nas FRBs.

Por isso, quanto mais explosões forem detectadas melhor para podermos entender tudo isso que elas nos podem informar.

A próxima etapa para os astrônomos é a inauguração do monstruoso SKA – Square Kilometre Array, uma rede de radio telescópios espalhados pelo mundo, do qual o ASKAP faz parte.

O SKA poderá descobrir mais FRBs e muito provavelmente os astrônomos poderão com ele apontar o local exato no universo onde elas acontecem.

Guardem isso, muitos segredos do universo serão revelados quando entendermos as FRBs.

Fonte:

https://phys.org/news/2018-10-aussie-telescope-mysterious-fast-radio.html

Artigo:

https://www.slideshare.net/sacani/the-dispersionbrightness-relation-for-fast-radio-bursts-from-a-widefield-survey

Artigo original:
spacetoday.com.br