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Vamos falar de Betelgeuse novamente, que tal?
A tão falada e famosa estrela da constelação de Orion, que está deixando todo mundo ansioso sobre a sua explosão como supernova.
Betelgeuse, por ser uma estrela grande, variável e relativamente próxima, é uma estrela muito estudada pelos astrônomos, é o que chamamos de um laboratório perfeito para entender como estrelas massivas vivem.
Além disso, Betelgeuse é uma das únicas estrelas observadas da Terra, que permite que os astrônomos estudem a sua superfície.
Com o telescópio certo, os astrônomos conseguem fazer imagens da superfície de Betelgeuse, e isso é fundamental para o estudo da estrela.
Outra estrela que também é possível observar sua superfície é Antares.
Além disso, Betelgeuse tem várias propriedades peculiares que já destaquei em outros vídeos aqui no canal e no podcast sobre a estrela.
Se você não ouviu ainda, corre lá para ouvir.
Os astrônomos tentam modelos para explicar o comportamento de Betelgeuse.
Duas propriedades da estrela são bem importantes para isso.
Uma delas é a rotação, Betelgeuse é uma estrela que tem uma velocidade de rotação entre 17700 e 53000 km/h, isso é muito rápido para uma estrela super gigante vermelha como ela, onde era esperado uma rotação menor.
E outra propriedade é a movimentação da estrela pela galáxia.
Betelgeuse pode ser chamada de uma estrela fugitiva, ela vaga pela galáxia com uma incrível velocidade de 108 mil km/h com relação ao fundo de estrelas que observamos.
Então, durante o congresso da AAS acontecido no Havaí há duas semanas, um pesquisador apresentou um trabalho inédito.
Ele tentou nesse trabalho explicar essas duas propriedades de uma vez só.
Ou seja, o que aconteceu com Betelgeuse para ela ter uma velocidade de rotação tão rápida e vagar com uma alta velocidade pela galáxia?
Um pista para responder essas perguntas pode estar no local de origem de Betelgeuse.
Betelgeuse nasceu numa região com uma grande densidade de estrelas conhecida como Associação Orion OB1.
As interações gravitacionais com várias estrelas nesse berçário há milhões de anos pode ter expulsado Betelgeuse dali a uma alta velocidade, explicando a sua hiper velocidade.
Betelgeuse pode também ter tido uma companheira menor, e à medida que Betelgeuse foi se expandindo ela pode ter engolfado essa estrela, e isso explicaria a sua alta velocidade de rotação.
Os pesquisadores rodaram modelos computacionais sofisticados de evolução estelar, incorporando todas essas ideias.
O resultado que melhor se ajustou com as observações foi aquele que mostrou a fusão de duas estrelas, uma com 16 vezes a massa do Sol, a outra com 4 vezes a massa do Sol.
Esse modelo também foi capaz de ajustar a quantidade de nitrogênio observada na atmosfera de Betelgeuse.
Isso é outra evidência para o canibalismo estelar de Betelgeuse.
Quando engoliu a estrela, o nitrogênio no seu centro pode ter sido degradado e acumulado na atmosfera.
Essa ideia não é nova, ela surgiu lá em 2016, de Betelgeuse ter canibalizado uma estrela companheira.
Mas o modelo realizado agora, está bem mais completo do que o anterior, o que é fundamental para o entendimento da evolução da estrela.
Esse canibalismo poderia explicar a variação da estrela também, entre outras características importantes e peculiares.
Além disso, se o canibalismo realmente aconteceu, a entrada desse novo material pode ter rejuvenescido Betelgeuse, o que significa que ela não irá explodir tão cedo.
Algumas medições do último dia, mostram que ela está recuperando o seu brilho.
Vamos seguir acompanhando.
Fonte:
https://www.livescience.com/betelgeuse-may-have-been-two-stars.html
https://arxiv.org/pdf/1611.08031.pdf
#Betelgeuse #Supernova #SpaceToday
Artigo original:
spacetoday.com.br