Os astrônomos têm observado manchas solares aparecendo e desaparecendo na superfície do Sol, por no mínimo 400 anos. Mas para aprender sobre a história da atividade solar antes da era dos telescópios, eles têm que procurar por evidências históricas para os fenômenos que estão relacionados com a atividade colar como as luzes do norte.
Agora, uma equipe de cientistas descobriu o que pode ser o mais antigo registro de auroras até o momento. Essas três tabelas Assírias e Babilônicas datadas de 680 a 650 a.C. parecem fazer referências às auroras iluminando os céus. As análises químicas dos anéis das árvores também mostram que existiu provavelmente um pico de atividade solar nessa mesma época. Isso estende o período de tempo pelo qual conhecemos as auroras para 2700 anos.
Os registros históricos das auroras têm melhorado o entendimento sobre a história da atividade solar.
Antes desses novos achados, o registro mais antigo de uma aurora tinha sido encontrado numa tábua babilônica e datado de 567 a.C, e se referindo a um brilho vermelho que incendiou o céu. Os astrólogos babilônicos e assírios dessa era normalmente registravam os eventos celestes para interpretá-los como interferência no ser humano.
Três candidatos reportados em tábuas no Museu Britânico foram usados nessa pesquisa. As tábuas, são datadas entre 679 e 655 a.C., e se referiam a um brilho vermelho, uma nuvem vermelha, ou uma cobertura vermelha no céu. Essas descrições são similares aos relatos feitos por testemunhas das luzes do norte em tempos mais modernos. Os pesquisadores acreditam que eles estavam se referindo a um dos dois tipos de comportamento das auroras que criam um brilho vermelho no céu.
É bem provável que os astrólogos babilônicos e assírios tenham observados auroras. O polo magnético da Terra, que afeta onde as auroras serão visíveis, tem se movido nesses 2700 anos, desde que essas observações foram feitas. Enquanto que o polo está perto da América do Norte agora, ele esteve pela Eurasia, mais perto da Babilônia e da Assíria, durante o séculos sétimo a.C. Isso significa que os observadores na região provavelmente observaram com muita frequência as auroras, mais do que atualmente.
Os pesquisadores compararam o momento desses potenciais registros de auroras com a estimativa da atividade solar na mesma época. Os anéis das árvores preservaram os registros dos seus ambientes a cada ano, e os cientistas puderam analisar a sua química e assim estimar a atividade solar no passado. Em anos quando o Sol lança grandes explosões de partículas energéticas, os anéis das árvores acabam ficando com uma alta concentração da forma radioativa do carbono, chamada de carbono-14. Os anéis de árvores da época de 660 a.C. mostra um pico de carbono-14 se comparado com os anos anteriores, então os pesquisadores acreditam que esses registros podem ter sido de auroras já que aconteceram no mesmo momento do pico da atividade solar.
O objetivo geral do projeto é estudar a história da atividade solar durante o maior período de tempo possível.
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Artigo original:
spacetoday.com.br