O programa Artemis da NASA é um esforço para colocar os astronautas na Lua e desenvolver a presença humana no nosso satélite de forma definitiva. O nome do programa é derivado de Artemis, a deusa grega da Lua e irmã gêmea de Apollo, que emprestou seu nome para o primeiro programa lunar norte-americano que levou o homem para a Lua pela primeira vez a 50 anos atrás.
O programa Aartemis é na verdade uma renomeação de atividades anteriores da NASA que já estavam sendo realizadas para retornar o homem para a Lua. Essas atividades seguiam o que a chamada Space Policy Directive 1 do Presidente Donald Trump propôs, que era fazer com que a NASA colocasse o foco em missões para a Lua. Nesse ano de 2019, o vice-presidente norte-americano Mike Pence, em um discurso emocionado estabeleceu uma data limite ambiciosa para pousar o ser humano no polo sul da Lua em 2024.
Em 14 de Maio de 2019, todas essas atividades foram reunidas, e o programa ganhou o seu novo nome, Artemis. Jim Bridenstine, administrador da NASA, disse aos repórteres no dia do anúncio que o nome representava o objetivo da inclusão, se referindo ao fato que a NASA pretende pousar a primeira mulher na Lua nesse novo programa.
“Eu tenho uma filha de 11 anos, e eu queria que ela fosse capaz desse ver no mesmo papel que as próximas mulheres que vão para a Lua se veem hoje”, disse Bridenstine.
O programa Artemis é constituído de alguns componentes principais. O primeiro deles é a chamada Lunar Orbital Platform Gateway, uma estação espacial que ficará na órbita da Lua e que estenderá a presença da humanidade no espaço, fornecendo uma plataforma para experimentos científicos e para voos mais curtos para a superfície da Lua.
A Gateway será colocada na órbita da Lua pelo chamado Space Launch System, ou SLS, um gigantesco e novo foguete que a NASA está desenvolvendo, e esse seria o segundo componente principal do programa Artemis.
O último componente crucial de todo o programa é a cápsula espacial para 4 pessoas que a NASA está desenvolvendo e que se chama Orion. Essa cápsula terá a capacidade de levar o ser humano para o espaço profundo e onde poderá permanecer entre 30 a 90 dias.
Outra parte importante do programa Artemis é a utilização de empresas do setor privado norte-americano, que irão desenvolver equipamentos para serem enviados para a Lua, antes e durante o programa. A NASA tem separado 45.5 milhões de dólares para 11 empresas norte-americanas, incluindo a SpaceX do Elon Musk e a Blue Origin de Jeff Bezos, para desenvolver landers (módulos de pouso) que podem levar os astronautas para a superfície da Lua.
Nove empresas menores também estão sendo contratadas para desenvolver sondas robóticas e enviar para o nosso satélite natural, com o objetivo de coletar dados e conduzir pesquisas por lá. Algumas têm o interesse em minerar recursos naturais da Lua como água, que pode ser dividida em seus constituintes, hidrogênio e oxigênio e converter isso em combustível para foguete.
Quantos desses projetos darão frutos no futuro é difícil de dizer nesse momento. A estimativa de custos ainda está sendo refinados e o valor total o programa Artemis permanece desconhecido. O orçamento para o programa Apollo no total foi de 23.6 bilhões de dólares em 1973, de acordo com a própria NASA, atualizando para valores de hoje, seria cerca de 136 bilhões de dólares. Isso significa que cada pouso da Apollo na Lua custou cerca de 22.6 bilhões de dólares atualizados para 2019. O Presidente Donald Trump recentemente propôs uma adição de 1.6 bilhão de dólares para o programa Artemis, isso somado aos 21 bilhões de dólares já alocados para a NASA, porém, essa adição de verba para a NASA ainda precisa ser aprovada pelo congresso norte-americano.
Fonte:
https://www.space.com/artemis-program.html
Artigo original:
spacetoday.com.br