O PRIMEIRO PLANETA GIGANTE AO REDOR DE UMA ANÃ BRANCA | SPACE TODAY TV EP2040

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Estrelas como o Sol queimam hidrogênio em seus núcleo durante boa parte da sua vida, tudo bem, não é queimar, acontece a fusão do hidrogênio em boa parte de suas vidas.

Quando o combustível da fusão acaba, elas se transformam em gigantes vermelhas, aumentando consideravelmente de tamanho e engolfando planetas próximos.

No caso do Sistema Solar, quando isso acontecer com o Sol, daqui uns 5 bilhões de anos, Mercúrio, Vênus e até mesmo a Terra serão consumidos pela gigante vermelha solar.

Quando essa gigante vermelha perde suas camadas mais externas, o que resta no final da vida da estrela, é o que os astrônomos chamam de anãs brancas.

Essas anãs brancas podem possuir planetas na sua órbita, e esse tipo de sistema deve existir a rodo na nossa galáxia.

O problema é que até agora não foi identificado nenhum grande planeta orbitando uma anã branca.

Não foi até agora, pois agora tudo mudou.

E devido a persistência dos astrônomos.

Eles que usaram um projeto de observação conhecido como Sloan Digital Sky Survey para observar 7000 estrelas do tipo anã branca, atrás de uma, pelo menos uma que pudesse ter um grande exoplanetas na sua órbita.

E eles descobriram.

Uma entre as 7000 estrelas, a WDJ0914+1914 possui tudo para ter um exoplaneta na sua órbita.

Essa estrela está localizada a aproximadamente 1500 anos-luz de distância da Terra e fica na constelação de Câncer.

OS astrônomos analisaram essa estrela usando o instrumento X-Shooter que fica no VLT do ESO no Chile e com isso conseguiram identificar a presença de hidrogênio, oxigênio e enxofre associado com a anã branca.

Estudando de forma mais detalhada, os astrônomos descobriram que esses elementos estavam dispostos num disco ao redor da estrela, e não na estrela em si.

Depois de algumas semanas pensando no problema, os pesquisadores concluíram que esses elementos só poderiam vir de um exoplaneta gigante em evaporação ao redor da estrela.

A quantidade observada desses gases é similar à quantidade encontrada nos gigantes congelados do Sistema Solar, Urano e Netuno.

E a radiação ultravioleta extrema da anã branca está arrancando tudo isso do exoplaneta.

De acordo com os astrônomos, a estrela é pequena, porém quente, com uma temperatura de 28000 graus Celsius, 5 vezes a temperatura do Sol.

O planeta seria um gigante congelado, no mínimo, duas vezes maior que a própria estrela.

Como ele tem uma órbita próxima da estrela, de cerca de 10 dias, os fótons de alta energia da estrela gradativamente arrancam a atmosfera do planeta.

A maior parte do gás escapa, mas parte dele é puxado pela estrela que cria um disco ao seu redor, e esse disco impede que possamos ver o planeta.

O planeta foi encontrado a cerca de 10 milhões de km de distância da estrela, o que o colocaria dentro da gigante vermelha e então ele não existiria.

A ideia dos astrônomos é que o planeta estava mais longe, e depois da estrela ter se transformado numa anã branca, ele se moveu para mais perto da estrela.

Além disso, os astrônomos acham que mais planetas estejam orbitando essa anã branca.

Essa descoberta é muito importante, até pouco tempo pouco se sabia sobre planetas orbitando estrelas mortas, ou estrelas em fases finais de suas vidas.

Com essa descoberta, os astrônomos podem ter novas ideias sobre o destino final dos sistemas planetários.

E aí, qual planeta do Sistema Solar será que vai sobreviver e quando o Sol virar uma anã branca ficará na sua órbita mais próxima? Digam aí nos comentários.

Fontes:

https://www.eso.org/public/news/eso1919/

https://www.eso.org/public/archives/releases/sciencepapers/eso1919/eso1919a.pdf

#WhiteDwarf #Exoplanet #SpaceToday

Artigo original:
spacetoday.com.br