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Quando as sondas Voyager e Galileo sobrevoaram o satélite Europa de Júpiter, os cientistas concluíram que o satélite era coberto por um oceano global de água líquida salgada coberto por uma crosta de gelo.
A sonda Galileo carregava um espectrômetro infravermelho, e através desse espectrômetro, os cientistas pensavam que tinham descoberto em Europa sais de sulfato de magnésio.
Porém, tudo mudou, quando os cientistas olharam para Europa com o telescópio do Observatório Keck que tem um espectrômetro de alta resolução.
E com esses novos resultados, o que foi apontado é que os cientistas não estavam vendo esse sulfato de magnésio em Europa.
Esses sais apresentavam uma absorção distinta no espectro e isso não existia nos dados do Keck.
Veio a suspeita então que esse sal poderia ser cloreto de sódio.
O problema é que o cloreto de sódio, nas condições de Europa só apresentaria feições visíveis no espectro da luz visível e não no infravermelho.
Você pode até se perguntar porque as sondas como a Galileo não levavam um espectrômetro na luz visível.
A resposta para isso é que na ciência planetária a ideia é que as feições mais importantes e os componentes mais importantes dos objetos planetários apareçam no espectro infravermelho.
Mas nesse caso seria no visível.
Quando a coisa aperta, os astrônomos apelam para ele, o Telescópio Espacial Hubble, ele tem um espectrômetro na luz visível e adquiriu dados de Europa por 20 anos aproximadamente.
Quando os cientistas pegaram os dados do Hubble, tudo resolvido, estava lá a absorção bem marcada em 450 nanômetros indicando a presença de cloreto de sódio na superfície de Europa, bem onde eles esperavam, numa região chamada de Tara Regio.
E o que isso indica?
Isso pode indicar que o oceano submerso de Europa tem cloreto de sódio, como o nosso oceano aqui na Terra, o que seria maravilhoso para o desenvolvimento da vida.
Mas isso não é possível de garantir.
Mas só essa descoberta já faz com que seja possível no mínimo fazer uma reavaliação geoquímica de Europa.
Indicando que Europa é um mundo muito mais geologicamente interessante do que se pensava até então, além de colocar uma pulga atrás da orelha sobre a vida no seu oceano submerso.
Que venha a Europa Clipper, que metam nela um espctrômetro na luz visível e que ela nos traga grandes descobertas.
#Europa #OceanoSalgado
Fontes:
https://phys.org/news/2019-06-table-salt-compound-europa.html
https://advances.sciencemag.org/content/advances/5/6/eaaw7123.full.pdf
Artigo original:
spacetoday.com.br