Lembra lá atrás quando dissemos que Darth Vader estava ganhando uma nova revista em quadrinhos, e que a mesma ia explorar o inicio das aventuras do vilão ? Então, a revista saiu e já na primeira edição revisitou um dos momentos mais trágicos da história de Star Wars, e finalmente deu a ele o peso que a cena merecia, fazendo uma versão um pouco melhor que a do filme.
Nem preciso falar que daqui pra frente tem Spoiler, já que essa revista ainda não chegou em terras brasileiras, pra conseguir a mesma só importando ou comprando a versão digital lá de fora. Então, se não quiser saber de nada por agora, pare aqui mesmo.
Se você ficou, é porque está curioso para ver como foi a recriação desta cena, e que da uma profundidade agora para entender a fúria que levou Vader a tomar a ação. Sinceramente, não acho que Vader seja um sujeito pra ficar cantando um “Noooooooooooo!” como se estivesse em uma cena congelada.
Sinceramente, nunca gostei de como essa cena foi montada, e agora as páginas iniciais desta primeira edição da nova revista do Darth Vader – escrita por Charles Soule, com arte de Giuseppe Camuncoli, Cam Smith, e David Curiel — conseguiram capitar que aquela cena merecia mais. E conhecendo a tragédia que levou à queda de Anakin, eles mostraram como a cena é muito melhor e muito mais carregada de emoção do que o que vimos na tela do cinema.
A construção da cena é lenta e combina os momentos de ataque destrutivo de Vader em volta da mesa de operações, coroando com a memória tragica de Padmé, pontuado com o “no”, mas agora não cantado, e sim repetido várias e várias vezes na mente do vilão.
Reparem que não é um “lamento”, é desafiador. Está carregado com raiva, uma recusa em aceitar o que aconteceu a ele. O luto fica internalizado em vez de externalizado – escondido no homem em vez do monstro muito mais máquina que surge.
O desafio – que comanda o relacionamento de Vader e Palpatine está ali – é finalmente visto aqui com Vader confrontando Palpatine sobre sua promessa de salvar Padmé da morte…
E vemos aqui Palpatine mais uma vez manipulador, já usando a situação para forgar sua nova ferramenta de destruição. Na minha opinião, A Vingança dos Sith deveria ter acabado assim, e não com o “Nooooooooooo!!!” cantado do final.