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Uma das grandes questões da astrofísica é: Como é possível ter tanto buraco negro supermassivo no início do universo?
Essa pergunta está relacionada, por exemplo, aos quasars, que nada mais são do que buracos negros supermassivos que existem no centro de grandes galáxias e que estão se alimentando vorazmente.
O problema é que esses quasars estão localizados a cerca de 12/13 bilhões de anos-luz de distância, ou seja, eles existiam quando o universo era muito novo.
Mas como num universo tão novo assim seria possível ter tanto material para formar buracos negros supermassivos, isso sempre intrigou os astrônomos.
Só tem uma maneira de resolver essa questão, que é a simulação computacional.
Um grupo de pesquisadores usou o conjunto chamado de Renaissance Simulation, um conjunto de dados de 70 terabytes criado pelo supercomputador Blue Waters entre os anos de 2011 e 2014.
Essa simulação tem como objetivo recriar as condições iniciais do universo, ou seja, mostrar como foi o desenvolvimento do universo, nos seus primeiros dias de vida.
Nesses dados, os astrônomos encontraram 10 regiões denominadas de halos de matéria escura, onde estrelas deviam ter se formado, devido a massa ali encontrada, mas eles só observavam uma densa nuvem de gás.
Os pesquisadores então resimularam dois desses halos, cada um deles com 2400 anos-luz de diâmetro usando o supercomputador Stampede2, com uma resolução muito maior para poder entender o que estava acontecendo ali, 270 milhões de anos depois do big Bang.
O que acontece é que esses halos de matéria escura se tornam verdadeiros potenciais gravitacionais, e os pesquisadores, com a alta resolução da simulação, mostraram a turbulência que acontece nesses buracos gravitaiconais o que leva à formação direta de buracos negros e não de estrelas, e rapidamente esses buracos negros crescem consumindo toda matéria ao redor, dando origem aos buracos negros supermassivos.
Os pesquisadores, observaram que nesses locais os buracos negros atingem 1 bilhão de vezes a massa do Sol em 800 milhões de anos, ou seja, uma taxa de crescimento extremamente elevada.
E por esse motivo, no início do universo, é possível encontrar buracos negros tão massivos.
Os pesquisadores, continuarão estudando as simulações, para responder perguntas agora relacionadas com a evolução desses buracos negros, vamos aguardar.
Aparentemente essa pesquisa responde a outra pergunta também, a de quem vem primeiro , o buraco negro ou a galáxia, aparentemente é necessário termos uma galáxia para que um buraco negro supermassivo possa se formar.
#BuracosNegros #UniversoPrimordial
Fontes:
https://www.news.gatech.edu/2019/01/23/birth-massive-black-holes-early-universe-revealed
https://www.iflscience.com/space/new-simulation-shines-light-on-how-massive-black-holes-form/
Artigo original:
spacetoday.com.br