O MONSTRUOSO BURACO NEGRO DA FERRADURA CÓSMICA

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SPACE TODAY NO TEATRO: “MARTE, NOSSO PRÓXIMO DESTINO?”
13 DE ABRIL | 16:00 | TEATRO GAZETA – SP
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A “Ferradura Cósmica” é uma impressionante lente gravitacional formada quando uma galáxia massiva, situada a cerca de 5,5 bilhões de anos-luz de distância, curva a luz de uma galáxia ainda mais distante, criando um anel quase perfeito. Neste vídeo, exploramos como esse fenômeno permitiu aos astrônomos descobrir um buraco negro ultramassivo, pesando 36 bilhões de vezes a massa do Sol. A galáxia lente, conhecida como LRG 3-757, surpreendeu a comunidade científica por abrigar esse “monstro” cósmico que ultrapassa, em muito, a massa de outros buracos negros já registrados.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas empregaram duas abordagens complementares. Primeiro, analisaram a forma do “anel de Einstein” gerado pela lente gravitacional, obtendo pistas valiosas sobre a quantidade total de massa contida na galáxia. Em seguida, estudaram os movimentos das estrelas nesse sistema por meio de espectroscopia, utilizando instrumentos como o MUSE, no Observatório Europeu do Sul. A velocidade dessas estrelas é influenciada pela força gravitacional local — e, ao combinar ambas as técnicas, ficou claro que apenas a existência de um buraco negro extremamente massivo seria capaz de explicar todos os dados.

Essa descoberta tem implicações profundas na nossa compreensão da evolução galáctica. Embora se saiba que buracos negros supermassivos costumam crescer junto com suas galáxias, casos tão extremos como o da Ferradura Cósmica sugerem novas possibilidades, como fusões galácticas múltiplas ou fases de quasares intensos que levaram ao crescimento desproporcional do buraco negro. O achado questiona se há um limite de tamanho para esses objetos e abre caminho para pesquisas futuras, especialmente com novos observatórios como o telescópio espacial Euclid e o Extremely Large Telescope. Assim, a Ferradura Cósmica não é só um espetáculo visual, mas também uma janela única para investigar como o cosmo alimenta seus gigantes e molda as estruturas mais grandiosas do Universo.

FONTE:

https://arxiv.org/abs/2502.13788

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Artigo original:
spacetoday.com.br