Os primeiros anos de Padmé Amidala Naberrie como senadora são contados no livro A Sombra da Rainha, lançado no Brasil pela Universo Geek. O livro aborda um período ainda pouco explorado no novo cânone: os anos entre os Episódios I e II.
Padmé, que foi eleita a Rainha de Naboo com apenas 14 anos, se vê agora preocupada com o futuro. Após servir um segundo mandato, ela agora deve deixar a vida de Rainha para trás e começar uma nova jornada. Se decidir uma carreira aos 18 anos já é difícil para nós, meros mortais, imagina para uma jovem ex-Rainha?
Esta dúvida também se estende para suas aias de companhia, que estiveram ao seu lado: uma deseja ser cientista, outra ingressar na política, e assim vai. Em A Ameaça Fantasma, vemos a Rainha Amidala sempre acompanhada por estas aias – Padmé sempre se disfarçando de uma, enquanto Sabé assumia o papel de Rainha. A Sombra da Rainha oferece um olhar de como é essa relação entre Padmé e suas aias. Inclusive, o título do livro é uma menção a Sabé, que é a coprotagonista do livro e que é, literalmente, a sombra da rainha.
A dúvida de Padmé sobre seu futuro é logo resolvido quando a Rainha Réillata a convida para assumir o papel de Senadora de Naboo na República Galáctica. Apesar de inicialmente ter dúvidas, ela aceita o chamado. Chegou a hora de se mudar para Coruscant e enfrentar o caos político do Senado Galáctico, que a conhecia muito bem.
Isso por que o Senado nunca esqueceu que foi Padmé Amidala quem propôs a moção para remover Finis Valorum da cadeira de Chanceler. A mudança de cenário para Coruscant nos oferece um novo olhar sobre o mundo político de Star Wars. Um ponto interessante é a inclusão da imprensa na construção da opinião pública.
Padmé ao chegar é vítima de perseguição na mídia, que a julga ser inocente e inexperiente demais para a posição. Mas há algo por trás dessa perseguição: a vingança de Nute Gunray e da Federação de Comércio por Padmé estragar seus planos de conquistar Naboo. Isso torna os primeiros meses de Padmé difíceis – ela agora precisa dançar conforme a música tocada pelo Senado, além de escapar tentativas de assassinato. Suas tentativas de lutar contra a escravidão na galáxia, por exemplol, são em vão.
E cabe aqui abordar esse assunto. Algo que é sempre assunto de brincadeira e crítica dos fãs é Padmé não tentar salvar Shmi Skywalker, a mãe de Anakin, da escravidão de Tatooine. Essa é uma das subtramas e vemos como essa busca dela em salvar Shmi e os escravos de Tatooine a afeta. Quem comanda essa busca é Sabé, sua sombra. Apesar de muita tentativa em encontrar Shmi, sua missão falha. Apesar disso, ela consegue resgatar escravos em Tatooine, embora se martirize pelo número ser pouco.
Tanta negatividade a faz procurar alianças, encontrando a Senadora Mina Bonteri (que apareceu pela primeira vez em The Clone Wars), Bail Organa, Mon Mothma e, relutantemente, de Rush Clovis (também apresentado em The Clone Wars). Apesar das suspeitas e desconfiança com seus colegas, Padmé começa a vencer os obstáculos encontrados e passa a ter mais voz no Senado.
O grande teste de Padmé chega na forma de uma catástrofe em um planeta, que sofre danos severos em seu sistema aquífero. Junto aos seus colegas, ela age para passar uma moção que ajude não apenas a este planeta, como também diversos outros da Orla Média.
Assim, A Sombra da Rainha é uma excelente leitura para quem deseja conhecer mais Padmé Amidala, além de todo o sistema político de Naboo. A escritora E.K. Johnston também faz um ótimo trabalho em dar características às aias de Padmé. Vale lembrar, também, que elas (especialmente Sabé) têm ganhado destaque nos quadrinhos escritos pela Marvel. Vamos além da figura da Rainha e Senadora, conhecendo mais o lado amiga, filha e tia – sim, Luke e Leia têm primos!
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