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Os astrônomos sempre lidaram com um grande problema, quando eles observam para o que chamamos de universo primordial, eles identificam buracos negros muito massivos.
Isso quer dizer que num curto período de tempo desde a formação do universo, esses buracos negros cresceram muito.
A questão é como isso aconteceu?
Os astrônomos não conseguiam encontrar onde estava o alimento para esses monstros cósmicos.
Para piorar a situação, quando os astrônomos utilizam o ALMA para investigar galáxias muito antigas, a poeira e o gás que eles encontram é usado para formar estrelas, restando pouco material para a alimentar os buracos negros.
Era chegada a hora de levar tudo ao limite, e um grupo de astrônomos então resolveu usar o telescópio VLT do ESO com o seu instrumento MUSE para observar os objetos conhecidos como quasares.
Os quasars, são objetos extremamente luminosos localizados no centro de galáxias massivas e alimentados por buracos negros supermassivos.
Nesse estudo foram observados 31 quasares localizados a mais de 12.5 bilhões de anos-luz de distância da Terra, quando o objeto tinha apenas 870 milhões de anos de vida.
Os astrônomos descobriram que 12 desses quasares estavam rodeados por enormes reservatórios de gás, halos de hidrogênio denso e frio que se estendem até 100 mil an0s-luz de distância dos buracos negros centrais com bilhões de vezes a massa do Sol.
Esses halos de gás estavam fortemente ligados às galáxias fornecendo a fonte de alimento para sustentar o crescimento de buracos negros supermassivos e uma intensa formação estelar.
Com isso, os astrônomos demonstraram pela primeira vez que as galáxias primordiais dispõem de alimento suficiente nas suas vizinhanças para conseguirem fazer com que os buracos negros supermassivos nos seus centros cresçam ao mesmo tempo que mantêm a formação estelar.
Mais uma vez a tecnologia foi decisiva nessa pesquisa, o MUSE, com poucas horas de observação por alvo conseguiu investigar os arredores dos maiores e mais esfomeados buracos negros presentes no universo primordial.
O reservatório de gás não é tão brilhante quando o quasar, mas o MUSE conseguiu fazer muito bem o seu trabalho detectar os reservatórios de gás e mostrar como os buracos negros cresceram.
Se o MUSE no VLT já fez isso, imagina quando o ELT estiver operacional.
Além do ELT ser um telescópio extremamente grande, como o nome já diz, ele terá instrumentos de última geração, mais sensíveis e mais poderosos do que temos hoje.
Assim, os astrônomos poderão estender esse limite e investigar o universo ainda mais primordial e profundo e descobrir mais desses objetos, cercados pela sua mesa de café da manhã.
Fontes:
https://www.eso.org/public/brazil/news/eso1921/?lang
https://www.eso.org/public/archives/releases/sciencepapers/eso1921/eso1921a.pdf
#SupermassiveBlackHoles #PrimordialUniverse #SpaceToday
Artigo original:
spacetoday.com.br