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Em 1989, os astrônomos detectaram um buraco negro de massa estelar, pertencente a um sistema binário, conhecido como V404 Cygni, localizado a aproximadamente 8000 anos-luz de distância da Terra.
Buracos negros em sistemas binários, normalmente sugam matéria de sua estrela companheira, e nesse processo, pode acontecer uma grande explosão de radiação de alta energia e material.
E foi graças a essa explosão que os astrônomos conseguiram identificar o buraco negro.
Esse buraco negro ficou dormente por 25 anos, quando em 2015, acrodou novamente, se tornando por um curto espaço de tempo o objeto mais brilhante em raios-X de alta energia no céu observável.
Mas aí, meu amigo, em 2015, os astrônomos já tinham uma frota de observatórios espaciais que observavam o céu nos raios-X e todos eles foram apontados para o objeto para estudar ao máximo esse fenômeno.
E agora, 4 anos depois do registro da explosão de 2015, um artigo foi publicado na revista Nature, revelando os detalhes dessa explosão e mostrando surpresas sobre o comportamento desse monstro cósmico.
Os astrônomos usaram as antenas do Very Large Baseline Array para observar o jato de partículas em ondas de rádio e outros observatórios espaciais como o Integral da ESA para observar os raios-X de alta energia.
Com isso os astrônomos conseguiram observar uma região de 10 milhões de quil6ometros de largura no disco de acreção.
Os astrônomos conseguiram observar o objeto por 4 semanas com o Integral.
Com isso, os astrônomos puderam construir a imagem perfeita da situação.
Os dados de raios-X mostraram onde a parte interna do disco de acreção está inclinada com relação ao resto do sistema.
Isso se deve, provavelmente à rotação do buraco negro que está inclinada com relação à estrela companheira.
Uma possibilidade para esse desalinhamento é o kick que o buraco negro recebe durante a explosão de supernova que deu origem a ele.
Essas observações estão de acordo com simulações computacionais que mostram o fluxo de acreçaão na vizinhança do buraco negro e o jato relativístico girando juntos.
Esse tipo de estudo é crucial para entendermos o funcionamento dos buracos negros, como sabemos, o buraco negro da foto, o da M87 possui um jato relativístico, e os astrônomos querem saber como ele se forma, e como é a física ali, observação de buracos negros de massa estelar podem ajudar a entender um pouco sobre esse comportamento misterioso dos objetos mais intrigantes do universo.
#BuracoNegro #V404Cygni
Fontes:
Artigo original:
spacetoday.com.br