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Nós falamos bastante aqui no canal sobre os buracos negros supermassivos que habitam o núcleo da maior parte das grande galáxias do universo.
Mas vocês sabem que existem outros buracos negros, os de massa intermediária, ainda misteriosos para a ciência, e os de massa estelar.
Esses já foram confirmados pelas ondas gravitacionais que mostraram ser emitidas pela fusão de buracos negros de massa estelar.
Mas para entender bem o que são e o que acontece com um buraco negro, os astrônomos precisam tentar estudar eles de forma mais direta.
Para a sorte dos astrônomos existem no universo sistemas binários, onde um dos componentes pode se tornar um buraco negro.
Quando isso acontece a outra estrela começa a doar matéria para o buraco negro.
Nesse processo explosões de raios-X são geradas e os astrônomos podem tentar detectar essas emissões e estudar os buracos negros de massa estelar.
Usando essa técnica os astrônomos já conseguiram comprovar 17 buracos negros e possuem 60 candidatos.
O problema dessa técnica é que ela só consegue detectar buracos negros estelares que estejam nessa fase de adquirirem matéria de uma estrela companheira.
Para os astrônomos existem milhares, talvez milhões de buracos negros estelares adormecidos escondidos na Via Láctea.
Para tentar aumentar a amostragem de buracos negros estelares descobertos um grupo de astrônomos desenvolveu uma nova técnica.
A ideia dos astrônomos é usar uma combinação de filtros para observar sistemas binários, centrados numa emissão específica chamada de hidrogênio alfa.
Analisando a largura da linha Halfa os astrônomos poderiam inferir a intensidade do campo gravitacional e então detectar ou não a presença de um buraco negro de massa estelar.
Para ver se a técnica funciona eles a utilizaram em sistemas onde já se sabe da existência de buracos negros e a técnica se mostrou promissora identificando os buracos negros.
Os astrônomos estimam que uma análise de uma região com 1000 graus quadrados, cerca de 10% da zona do plano galáctico usando essa nova técnica poderia detectar no mínimo 50 novos objetos desse tipo, o que já seria 3 vezes mais do que se conhece até o momento.
Além de detectar buracos negros estelares essa técnica poderia detectar também variáveis cataclísmicas, estrelas de nêutrons e outros tipos de objetos compactos e extremos no universo.
São os astrônomos tentando de todas as formas possíveis e imagináveis entender os objetos mais intrigantes do universo.
Fonte:
http://www.iac.es/divulgacion.php?op1=16&id=1462&lang=en
Artigos:
https://arxiv.org/pdf/1809.07330.pdf
https://arxiv.org/pdf/1711.03553.pdf
Artigo original:
spacetoday.com.br