Um relatório publicado pela Cisco atesta o contínuo e veloz crescimento das conexões móveis, apontando que elas serão mais da metade de todas as conexões globais com a internet até 2021. No Brasil, isso representa um aumento de mais do que o dobro no tráfego de dados por meio das redes 4G, 3G e outras.
O crescimento se dá em absolutamente todos os segmentos, e em alguns casos, apontam estatísticas curiosas sobre o atual estilo de vida global. Segundo o Cisco Visual Networking Index Global Mobile Data Traffic Forecast, será 1,5 smartphone per capita em todo mundo. Ou seja, estamos nos aproximando da marca de um celular por habitante do globo. Em 2021, serão 5,5 bilhões de dispositivos em operação.
Isso coloca o uso de celulares à frente, muitas vezes, de infraestrutura de primeira necessidade. Em cinco anos, mais pessoas terão celulares do que água encanada em casa (5,3 bilhões), contas bancárias (5,4 bilhões) e telefones fixos (2,9 bilhões). Os dados móveis representarão metade de todas as conexões com a internet, um dos crescimentos mais acelerados, uma vez que, no ano passado, esse total foi de 8%.
Todo esse aumento tem dois como os principais vetores: a Internet das Coisas e o aumento na utilização das redes 4G. Elas continuarão a proporcionar cada vez mais velocidade, com um aumento que representa mais do que o triplo – ao final de 2016, a média era de 6,8 Mbps, enquanto em cinco anos, será de 20,4 Mbps. Isso sem falar na tecnologia 5G, que já será responsável por 1,5% do tráfego total.
A Cisco prevê que a próxima geração e conexões móveis deve começar a ser implementada em larga escala a partir de 2020, enquanto a expansão cada vez maior da tecnologia mobile impulsionará esse crescimento. Mesmo assim, em 2021, o 4G ainda terá predominância, com 79% do total de tráfego.
Além disso, o relatório já avisa que as operadoras deverão se preparar para suportar todo esse crescimento, uma vez que, com mais velocidade, também aumentará o total de dados. Em 2021, as poucas redes 5G já devem ser responsáveis por gerar quase cinco vezes mais tráfego que a 4G, enquanto ela será mais do que dez vezes mais utilizadas que o 3G, que já começa a cair em desuso.
Fonte: Cisco