Netflix quer levantar mais de US$ 1 bi para crescer e turbinar conteúdo original

Mestre Jedi Netflix quer levantar mais de US$ 1 bi para crescer e turbinar conteúdo original

O ritmo frenético de produções originais e lançamentos está levando a Netflix a, mais uma vez, procurar o mercado em busca de crédito. Desta vez, a empresa de streaming anunciou que deseja levantar US$ 1,08 bilhão por meio de empréstimos de credores internacionais para financiar sua expansão global, aumentar o acervo de produtos licenciados e também financiar os shows e filmes próprios.

A opção de buscar dinheiro no mercado internacional foi feita para garantir taxas mais baixas e também sondar investidores de fora dos Estados Unidos que possam estar interessados na plataforma. A Netflix, em comunicado sobre o assunto, se posicionou como uma empresa global e se disse disposta a, cada vez mais, investir em mercados de fora da América, principalmente na Europa.

A escolha pode parecer estranha para uma companhia consolidada como a Netflix, mas como a própria aponta, os rendimentos operacionais, apenas, não são capazes de manter o ritmo de produções originais pretendido para os próximos anos. Sendo assim, a companhia prefere seguir pelo caminho dos credores, obtendo altos montantes rapidamente e prometendo juros e taxas extras a serem pagas no futuro, na medida em que os valores de assinaturas e licenciamento vão se acumulando ano a ano.

Não é a primeira vez que o serviço de streaming busca essa alternativa, e, de acordo com seus relatórios financeiros, ela tem se provado cada vez mais a principal forma de obter dinheiro rápido e de forma segura. De acordo com os dados fornecidos pela Netflix, as dívidas de longo prazo oriundas de financiamento desse tipo representam menos de 10% do faturamento total, e no primeiro trimestre de 2017, foram de US$ 46,7 milhões contra um montante geral de US$ 2,67 bilhões.

Próxima dos 100 milhões de assinantes em todo o mundo, a Netflix tem despesas que vão desde a criação de shows até gastos com servidores. O marketing em 2017, por exemplo, responderá por investimentos na casa do US$ 1 bilhão, porém, nada perto do que é investido em produções originais. A recente “The Crown”, por exemplo, foi uma das mais caras já produzidas pela Netflix, com uma primeira temporada que custou US$ 125 milhões. Multiplique isso pela quantidade de séries em andamento e é fácil entender o tamanho da conta a ser paga pela companhia.

Fonte: Variety