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Estamos sozinhos no universo? Existe outra civilização por aí, até mesmo na Via Láctea?
Se eu não estou louco essas talvez sejam as perguntas mais feitas pelo ser humano desde o dia que teve consciência da sua existência.
Desde que dominamos o conhecimentos sobre as ondas de rádio e vimos com elas seria possível enviar e até mesmo quem sabe receber mensagens de outras civilizações, começou uma busca insana pela vida no universo.
Ah, e só para lembrar, nesse caso aqui estou falando de vida evoluída, sereszinhos bonitinhos que andam, falam e pensam e podem desenvolver uma nave para nos visitar.
Então, deu-se início a um grande projeto que buscava alguma transmissão de ondas de rádio no universo.
Esse projeto recebeu o nome de SETI – Search For Extraterrestrial Inteligence, ou nada mais nada menos que busca por inteligência extraterrestre.
Gigantescas antenas espalhadas pelo mundo foram usadas para tentar ouvir algum tipo de sinal coerente que pudesse ter sido enviado por uma civilização alienígena.
Filmes, livros retrataram esse projeto, qualquer pessoa em casa poderia ceder seu computador para ajudar no processamento dos dados e nada, nada foi descoberto com ele.
Mais recentemente o Breakthrough Listen assumiu o SETI e também fez uma grande busca pelo universo e nada também.
Mas a busca não para nunca.
Acabou de sair um quarto artigo de uma série que é sobre a busca de tecnoassinaturas no centro da galáxia na frequência de 150 MHz.
Para isso os pesquisadores usaram o Murchison Widefield Array, ou MWA na Austrália.
Foram 7 horas de observação no decorrer de duas noites, a busca se concentrou no centro da Via Láctea.
Foram procuradas por tecnoassinaturas em 144 sistemas de exoplanetas.
E aqui vale uma explicação sobre tudo isso.
Boa parte da busca por vida que é realizada, é focada no que chamamos de bioassinaturas, que é procurar por moléculas, gases, isótopos, que possam indicar que um determinado planeta possa ter vida.
Tecnoassinatura é diferente, as tecnoassinaturas são baseadas nas ondas de rádio, pois um equipamento que emite sinal de rádio não pode surgir naturalmente e tem que ser construído por uma civlização que domina um certo grau de tecnologia.
Mas essa discussão sobre tecnoassinatura é algo em aberto ainda e bem amplo.
O centro da galáxia foi escolhido pois ali você tem muito mais estrela, então caso exista alguma civilização orbitando alguma estrela a chance dela estar nessa região é maior do que na periferia.
São aproximadamente 3 milhões de estrela empacotadas no centro da Via Láctea o que aumenta e muito a potencial chance de encontrar alguma civilização.
Mas, depois dessa análise, o resultado foi o seguinte.
Nenhuma tecnoassinatura foi detectada pelo projeto, indicando que continuamos sozinhos no universo até segunda ordem.
Mas isso quer dizer que devemos parar de procurar? Jamais, devemos sempre continuar bolando metodologias, ideias, configurações de experimentos para se poder executar a melhor busca possível.
Esse tipo de estudo é bem interessante, pois ele mostra toda uma metodologia, o local que foi escolhido, a frquência de onda de rádio, a maneira como foi executado, tudo seguindo a metodologia científica e isso é muito interessante, é o que difere de outros digamos experimentos que existem por aí, onde todo e qualquer rigor científico é negligenciado.
A busca continua e esperamos um dia encontrar outra civilização aí pelo universo.
Fonte:
https://arxiv.org/pdf/2202.03324.pdf
#TECHNOSIGNATURE #LIFEONUNIVERSE #WEARENOTALONE
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Artigo original:
spacetoday.com.br