Moléculas Ionizadas Traçam os Fluxos Emitidos Pelas Galáxias

Mestre Jedi Moléculas Ionizadas Traçam os Fluxos Emitidos Pelas Galáxias

Existe um processo que trabalha na maior parte das galáxias que afeta tanto o buraco negro central bem como a luminosidade e a velocidade estrutural global da galáxia. Os astrônomos suspeitam que uma retroalimentação de algum tipo esteja envolvida, e um mecanismo popular é o fluxo de gás. O fluxo depletaria o material bruto de uma galáxia necessário tanto para gerar novas estrelas e para aumentar a massa do buraco negro.

A primeira evidência para o fluxo molecular foi descoberto por um satélite infravermelho a cerca de 20 anos atrás: a molécula OH mostrou um fluxo com movimento de milhares de quilômetros por segundo nas linhas de emissão do infravermelho distante. O Observatório Espacial Hershel recentemente fez esse tipo de detecção com grandes detalhes, descobrindo que em alguns casos extremos, poderosos fluxos carregam mais de milhares de vezes a massa do Sol, por um ano e têm o poder de centenas de bilhões de Sóis, uma pequena porcentagem da energia luminosa total da galáxia.

Os astrônomos Eduardo Gonzalez-Alfonso, Mat Ashby, e Howard Smith do CfA, descobriram agora que a molécula ionizada OH+ traçou o gás quente nesses fluxos e também, provavelmente, de uma região toroidal de material ao redor do buraco negro. Os cientistas lideraram uma equipe que reduziu e modelou 3 linhas do infravermelho distante do OH+ e uma da molécula de água ionizada H2O+ na galáxia Markarian 231. As linhas confirmam muito do diagnóstico da análise do gás molecular neutro, o resultado mais curioso, contudo, foi a grande abundância de material ionizado, aproximadamente 10% do gás neutro.

Os cientistas ainda não conseguem explicar a presença de tanto material ionizado nem com a radiação ultravioleta emitida pelas estrelas ou com os raios-X, isso necessita de dez mil vezes a excitação de moléculas presente na nossa galáxia, a Via Láctea. Eles argumentam que os raios cósmicos são responsáveis e energizados pela repetida aceleração das ondas de choques geradas na formação de estrelas ou em processos similares. Uma implicação adicional é que as ondas de choques intensas precisam ser ativas na galáxia e devem ser responsáveis para outros fenômenos observáveis como o aquecimento de outro gás.

Fonte:

https://phys.org/news/2018-03-ionized-molecules-galactic-outflows.html

Artigo:

http://lanl.arxiv.org/pdf/1803.04690v1

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Artigo original:
spacetoday.com.br