MISTÉRIO PERTO DO FIM? FRB TEM ORIGEM DETECTADA PELA PRIMEIRA VEZ | SPACE TODAY TV EP1876

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No ano de 2007, os astrônomos detectaram pela primeira vez um tipo de sinal no universo, que até hoje, tira o sono dos pesquisadores.

Esse sinal foi chamado de FRB, ou melhor dizendo, fast radio bursts, ou ainda uma explosão rápida em ondas de rádio.

Desde 2007 até agora, somente 85 desses sinais foram detectados, e isso na astronomia e em boa parte das ciências é um problema, temos uma amostragem muito pequena para podermos ter uma conclusão robusta sobre o que é uma FRB.

Dessas 85 explosões detectadas, algumas chegaram a se repetir, e uma dessas detectada em 2016, teve 9 repetições e com isso os astrônomos puderam detectar sua origem.

Porém, das FRBs que não se repetem, até hoje nenhuma tinha tido sua fonte detectada.

Se você pensar bem, isso é bem complicado mesmo, pois essa explosão dura milissegundos e nesse tempo é muito complicado detectar sua origem.

Essa FRB repetida de 2016 tinha sua origem numa galáxia que está formando muitas estrelas, porém, o que a gerou continua sendo um mistério.

Mas agora usando um conjunto de antenas australianas chamadas de ASKAP – Australian Square Kilometre Array Pathfinder os astrônomos conseguiram detectar pela primeira vez na história a fonte de uma FRB solitária, única, ou seja, que não teve repetição.

A FRB é chamada de FRB 180924 e aconteceu numa galáxia chamada de DES J214425.25-405400.81 localizada a 3.6 bilhões de anos-luz de distância da Terra.

Isso só foi possível, pois um dos pesquisadores desenvolveu uma tecnologia, capaz de congelar a detecção feita pelo ASKAP e assim essa detecção pode ser enviada para os maiores telescópios do mundo.

A explosão aconteceu a cerca de 13 mil anos-luz de distância do centro da galáxia.

E depois dessa detecção, telescópios como o VLT e o Gemini.
A galáxia dessa detecção é bem diferente da FRB repetida.

Nesse caso, temos uma galáxia massiva que forma pouca estrela, isso mostra que as FRBs podem se originar em diferentes ambientes.
Além da localização, algo que sempre foi misterioso nas FRBs, era o que as gerava.

No caso da repetida de 2016, provavelmente foi uma supernova ou por uma estrela de nêutrons.

E essa, o que a gerou?

Os astrônomos não sabem, as opções vão desde buracos negros supermassivos, até motores de naves alienígenas passando por estrelas de quarks, mas o que é, ninguém sabe ao certo.

Mas os cientistas esperam que ao saber onde ela foi gerada, descobrir o que a gerou seja respondido em breve.

Além disso, a metodologia para detectar o local de novas FRBs também está desenvolvida, e se novas tiverem sua origem detectada, descobrir sua natureza também é mais fácil.

Vamos aguardar.

#FRB #ASKAP

Fontes:

https://www.icrar.org/astronomers-make-history-split-second/

https://www.skyandtelescope.com/astronomy-news/astronomers-pinpoint-new-fast-radio-burst/

https://www.livescience.com/65813-fast-radio-burst-located-in-distant-galaxy.html

Artigo original:
spacetoday.com.br