A missão chinesa Chang’e-4 entrou no seu decimo quinto dia de trabalho no lado oculto da Lua, com o lander e com o rover Yutu-2 ambos em boas condições.
A missão fez um pouso histórico no lado oculto da Lua em janeiro de 2019, e as duas sondas que estão na superfície da Lua continuam firmes e fortes apesar das condições de radiação intensa e de grande variação de temperatura que enfrentam.
O rover Yutu-2 acordou no dia 17 de fevereiro de 2020 depois do nascer do Sol, com o seu plano sendo executado com perfeição de explorar o assoalho da Cratera Von Kármán, na sua porção sudoeste.
O rover já cobriu uma distância total de 367 metros desde o início da missão. O rover Yutu, seu antecessor, que participou da missão Chang’e-3 tinha perdido a mobilidade no segundo dia lunar. Só para lembrar que 1 dia lunar é composto de 4 semanas terrestres aproximadamente, sendo 2 semanas de claridade e 2 de escuridão.
O lander da missão Chng’e-4 retornou suas atividade 13 horas depois do rover. Os instrumentos científicos de ambas as naves funcionam perfeitamente.
As comunicações entre as equipes de controle na China e as sondas no lado oculto da Lua, que nunca fica voltado para a Terra, são feitas usando os satélites de relay Queqiao, que opera numa órbita halo ao redor de um ponto especial além da Lua.
No dia 31 de janeiro de 2020, o lander e o rover da missão Chang’e-4 completaram 14 dias de trabalho na Lua, assim que o Sol se pôs na região onde eles estão.
As sondas passam cerca de duas semanas em estado de hibernação para se proteger das temperaturas extremamente frias que atingem a noite lunar, cerca de -190 graus Celsius.
No mês de janeiro de 2020, a China lançou um pacote completo de dados da Chang’e-4 incluindo imagens de alta resolução da missão. Durante o dia lunar 13, o Yutu-2 registrou e analisou o que pode ser considerada rocha mais nova no local onde a missão pousou.
Enquanto a missão Chang’e-4 continua a quebrar recordes, a China já programa para lançar outra missão para a Lua no final de 2020. A missão Chang’e-5 cujo objetivo principal será trazer uma amostra para a Terra, a ideia é que a missão colete cerca de 2 kg de amostras na região do Oceanus Procellarum, no lado visível da Lua.
Fonte:
https://www.space.com/china-far-side-moon-rover-chang-e-4-15th-lunar-day.html
Artigo original:
spacetoday.com.br