Um artigo publicado recentemente no The Astrophysical Journal apresenta o estudo de uma magnetar, uma estrela que é um dos objetos mais magnéticos conhecido no universo, e que despertou em 2017 depois de um sono de 3 anos. As observações no comprimento de ondas de rádio, que só puderam ser feitas com o MeerKAT, um precursor do telescópio SKA que está sendo construído na província de Northern Cape na África do Sul, dispararam as observações feitas com telescópios espaciais de raios-X. Essa primeira publicação na literatura científica de uma descoberta astronômica feita usando o MeerKAT anuncia a sua chegada em grande estilo como um instrumento agora estável para fazer pesquisas de ponta na astronomia.
O Professor Phil Diamond, Diretor Geral da SKA Organisation, que lidera a construção do Square Kilometre Array parabenizou os pesquisadores pela descoberta. A construção desse tipo de instrumento é muito complicada, e essa descoberta, mostra que o MeerKAT está pronto para o trabalho. Sendo um dos precursores do SKA, isso é lógico uma boa notícia também para o que o SKA poderá fazer no futuro. O MeerKAT eventualmente será integrado na Phase 1 do SKA-mid, fazendo assim com que esse projeto seja o maior rádio-telescópio do planeta com 197 antenas.
O MeerKAT é formado por 64 antenas, cada uma com 13.5 metros de diâmetro, e distribuídas numa área de 8 quilômetros numa região remota de Northern Cape na África do Sul.
O Dr. Rob Adam, Diretor do SARAO, disse que foi uma longa jornada até chegar a esse ponto. Foi necessário trabalhar muito por mais de uma década, completa ele. Esse primeiro artigo indica que o telescópio está agora começando a fazer descobertas científicas. À medida que a capacidade do MeerKAT continuar crescendo, muitas outras descobertas surgirão. Adam conclui dizendo que é gratificante liderar uma equipe de pessoas talentosas e apaixonadas pelo que fazem e que eles estão conseguindo assim, construir um equipamento praticamente único no mundo.
Fonte:
Artigo no The Atrophysical Journal:
http://iopscience.iop.org/article/10.3847/1538-4357/aab35a/pdf
Artigo original:
spacetoday.com.br