——————————————————————–
**** CONHEÇA A LOJA OFICIAL DO SPACE TODAY!
http://www2.spacetodaystore.com
Camisetas, e muitos produtos para vocês. Visite!
——————————————————————————-
Para fazer parte do seleto grupo dos apoiadores!!!
https://www.youtube.com/channel/UC_Fk7hHbl7vv_7K8tYqJd5A/join
—————————————————————————–
Desde que os cientistas descobriram em Marte, marcas de antigos rios, lagos e canais, a possibilidade do Planeta Vermelho ter tido vida em algum momento do seu passado se tornou algum plausível.
Porém, algo que é incerto ainda é por quanto tempo na história marciana, a água fluiu na sua superfície.
Modelos climáticos de Marte, mostram que o planeta raramente experimentou temperaturas acima do congelamento da água, e a água fluir na superfície marciana, foram eventos raros.
Assim, a vida se desenvolver na superfície não seria a melhor solução.
Por isso muitos pesquisadores acreditam que a vida possa ter se desenvolvido na subsuperfície marciana.
Para a vida se desenvolver é preciso energia, e de onde vem a energia para uma vida que se desenvolve em subusperfície sem o Sol?
Na Terra, nós sabemos, existem micróbios em subsuperfície que usam o processo de radiólise para gerar a energia.
Na radiólise, a radiação quebra as moléculas de água em hidrogênio e oxigênio, e o hidrogênio molecular dissolvido é uma boa fonte para os micróbios.
Então é fácil, basta mostrar que existem elementos radioativos na crosta marciana, que poderiam fazer a radiólise, soma-se a isso um pouco de água e estamos perto das condições para a vida.
Um grupo de pesquisadores então usou dos do espectrômetro de raios-gama da sonda Mars Odyssey da NASA, mapeou a abundância de elementos radioativos como tório e potássio, inferiu a abundância de urânio.
O decaimentos desses três elementos fornece a radiação necessária para a radiólise.
E como a taxa de decaimentos desses elementos é constante é possível calcular a concentração deles há 4 bilhões de anos atrás.
O próximo passo foi descobrir o quanto de água existia em Marte, isso não foi problema pois eles usaram a densidade da crosta para estimar a porosidade de Marte e assim a quantidade de água.
Por fim, modelos climáticos e geotérmicos foram usados para descobrir os pontos na superfície onde a água poderia existir em estado líquido.
Com isso os pesquisadores concluíram que Marte provavelmente teve uma zona habitável em subsuperfície com alguns quilômetros de espessura, nessa zona, a produção de hidrogênio por radiólise teria gerado a energia suficiente para que a vida microbiana pudesse ter se desenvolvido.
Esse estudo também ajuda a mostrar que mesmo com temperaturas congelantes a vida pode ter se desenvolvido na subsuperfície.
Esse estudo também pode ajudar na escolha de locais para pousos de futuras missões.
A ideia é buscar pelo blocos de mega brechas, pedaços de rochas que foram escavados pelo impacto de asteroides com a superfície marciana.
Ess material pode ter vindo dessa zona habitável em subsuperfície e agora estar praticamente inalterada na superfície.
As próximas missões, Mars 2020 e a ExoMars que têm esse objetivo claro de procurar por assinaturas de vida passada, podem aproveitar esse estudo e serem pousadas na zonas onde a zona habitável atualmente aflora.
Esse estudo não fala que Marte teve vida no passado, mas mostra que Marte no passado teve condições em subsuperfície para ter desenvolvido uma vida microbiana.
Fonte:
https://phys.org/news/2018-09-ancient-mars-conditions-underground-life.html
Artigo:
https://www.hou.usra.edu/meetings/earlymars2017/pdf/3039.pdf
Artigo original:
spacetoday.com.br