Essa imagem mostra o objeto Messier 28, um aglomerado globular de estrelas, localizado na constelação de Sagitário. O objeto está localizado a aproximadamente 18 mil anos-luz de distância da Terra, e a imagem mostra o aglomerado com detalhes impressionantes.
Como o próprio nome sugere, esse aglomerado pertence ao catálogo de objetos Messier, contudo, quando o astrônomo Charles Messier o adicionou pela primeira vez no catálogo, em 1764, o Messier 28 foi catalogado incorretamente, sendo referido como sendo uma nebulosa arredondada, sem conter estrela alguma. Enquanto que hoje nós já sabemos que o que nós conhecemos como nebulosas sejam vastas, as vezes brilhantes, nuvens de gás ionizado e poeira interestelar, até o início do século 20, uma nebulosa representava qualquer objeto astronômico que não era claramente localizada e isolado. Qualquer fonte luminosa meio difusa, era chamada de nebulosa. De fato, todos os 110 objetos astronômicos identificados pelo Messier foram combinados sob o título e Catálogo de Nebulosas e Aglomerados Estelares. Ele classificou muitos objetos, entre eles, aglomerados globulares de estrelas, remanescentes de supernovas e nebulosas. Isso inclui o Messier 28, que é mostrado aqui e que ironicamente é na verdade um aglomerado estelar.
O erro de Messier é totalmente compreensível. Enquanto que o Messier 28 é facilmente reconhecido como sendo um aglomerado globular de estrelas nessa imagem, da Terra, e olhando para ele é complicado ter essa percepção. Mesmo com binóculos ele é visível de maneira muito apagada, já que a atmosfera tem um efeito de distorcer a imagem, e com isso sua luminosidade é reduzida, e o aglomerado passa a ser um objeto esfumaçado no céu. Para poder ver o Messier 28 é preciso um telescópio de porte relativamente grande. Felizmente, o Hubble está fora da atmosfera e isso permite com que ele faça imagens impressionantes como essa aí que acaba mostrando detalhes impressionantes do Messier 28.
Credit:
ESA/Hubble & NASA, J. E. Grindlay et al.
Fonte:
[https://www.spacetelescope.org/images/potw1910a/]
Artigo original:
spacetoday.com.br