MAIS ANEL…ASTRÔNOMOS DESCOBREM GALÁXIA COM 9 ANÉIS!!!

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No vasto teatro do universo, onde galáxias dançam em movimentos lentos e majestosos, uma descoberta recente do Telescópio Espacial Hubble capturou um espetáculo raro: a galáxia LEDA 1313424, apelidada de “Bullseye” (Alvo), exibe nove anéis concêntricos repletos de estrelas — um recorde cósmico. Esse fenômeno, resultado de uma colisão cataclísmica com uma galáxia anã azul, não apenas surpreende pela beleza, mas também valida teorias décadas antigas sobre a dinâmica das interações galácticas.

Há cerca de 50 milhões de anos, uma pequena galáxia anã azul, densa e repleta de estrelas jovens, atravessou como um “dardo” o coração da Bullseye, muito maior e mais massiva. O impacto gerou ondas de matéria que se propagaram como as criadas por uma pedra atirada em um lago. Essas ondulações comprimiram gás e poeira, desencadeando explosões de formação estelar que hoje brilham como anéis. Atualmente, as duas galáxias estão separadas por 130.000 anos-luz, mas um tênue rastro de gás ainda as conecta, testemunhando o violento encontro.

Até então, o máximo de anéis observados em uma galáxia era dois ou três. A Bullseye, porém, surpreendeu com oito anéis visíveis no Hubble e um nono confirmado pelo Observatório Keck, no Havaí. Os pesquisadores suspeitam até de um décimo anel, já desvanecido, que estaria três vezes mais distante que o mais externo detectado.

O que torna essa descoberta extraordinária é sua harmonia com as previsões teóricas. Modelos desenvolvidos nos anos 1980 previam que, após uma colisão frontal, ondas de densidade se propagariam de forma específica, criando anéis que se afastam do centro em velocidades calculáveis. “Os anéis da Bullseye expandiram-se quase exatamente como previsto. É gratificante ver uma teoria ganhar vida”, comemora Pieter van Dokkum, coautor do estudo e professor em Yale.

Os primeiros anéis formaram-se rapidamente, enquanto os subsequentes surgiram de maneira mais gradual, à medida que a perturbação causada pela galáxia anã afetava regiões mais externas. Curiosamente, as órbitas das estrelas individuais quase não foram alteradas — foram o gás e a poeira, arrastados para fora, que se aglomeraram para formar novas estrelas, iluminando os anéis.

A descoberta foi, em parte, obra do acaso. Pasha notou algo incomum ao analisar imagens de um levantamento terrestre: “Vi uma galáxia com múltiplos anéis e pensei: Isso não é normal!”. O Hubble, com sua resolução sem paralelo, permitiu mapear anéis tão próximos do núcleo que seriam invisíveis a telescópios menos potentes. Já o Keck confirmou anéis mais tênues, graças a sua capacidade de observar em infravermelho.

Mas a Bullseye também nos lembra da efemeridade de fenômenos cósmicos. “Estamos observando uma janela temporal única, logo após o impacto, quando os anéis ainda são visíveis. Em alguns bilhões de anos, eles desaparecerão”, explica van Dokkum. Essa fugacidade explica por que estruturas similares são tão raras de se encontrar.

A próxima fase da pesquisa focará em detalhes ainda obscuros. Por exemplo, quais estrelas nasceram antes e depois da colisão? Como os anéis evoluirão ao longo de bilhões de anos? Para responder a isso, a equipe planeja usar espectrógrafos de alta precisão para analisar a composição química das estrelas em cada anel.

Além disso, o Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, com seu campo de visão 100 vezes maior que o do Hubble, promete revolucionar a busca por eventos similares. “Objetos como a Bullseye saltarão aos nossos olhos. Descobriremos se esses fenômenos são exceções ou parte de um processo mais comum”, antecipa van Dokkum.

Enquanto aguardamos novas revelações, a Bullseye permanece como um lembrete de que, mesmo em escalas cósmicas, até os eventos mais caóticos podem seguir regras elegantes — e que o universo ainda guarda segredos à espera de um olhar atento.

FONTE:

https://iopscience.iop.org/article/10.3847/2041-8213/ad9f5c

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Artigo original:
spacetoday.com.br